EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA com SÉRGIO SAMPAIO, vídeo MOACIR SILVEIRA

Sérgio Moraes Sampaio (Cachoeiro de Itapemirim, ES, 13/04/1947 – Rio de Janeiro, RJ,15/05/1994) é o compositor e intérprete dessa música que aparece em 38º. lugar entre AS 100 MAIORES CANÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS.
Suas composições percorrem vários estilos musicais, indo do samba e choro, ao rock’n roll, blues e balada. A poética de suas canções retratam a paisagem urbana em geral e em especial a cidade do Rio de Janeiro. Sua proposta é bem modernista, com toques futuristas, mesmo reconhecendo a impossibilidade de assimilação de todos os ícones da paisagem urbana no qual se viu inserido.
No dizer do cantor Lenine, Sampaio foi um nome marginalizado que, junto com Tim Maia e Raul Seixas, figurou com um dos “malditos” da música popular brasileira.
Música título de seu primeiro álbum, lançado em 1973, “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua” foi um tremendo sucesso no carnaval e nas rádios naquele ano, tendo diversas aparições de Sério Sampaio em programas de televisão, mesmo o disco sendo um fracasso de vendas.
Usando muitas metáforas, ele disparou uma poderosa crítica ao Regime Militar e a acomodação popular diante de tanta violência e perseguição. A canção é um convite a que todos se juntem ao seu bloco e resistam, afrontando e contestando os poderosos de então.


Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua

De: Sérgio Sampaio

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender

Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos nisso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero todo mundo nesse carnaval...
Eu quero é botar meu bloco na rua

Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender