“Futebol e política são faces da mesma moeda” | Juca Kfouri no BDF Entrevista

Juca Kfouri teve participação fundante no jornalismo esportivo praticado no país do futebol, seja por sua dedicação jornalística com as causas sociais, ou por sua atuação política, que remete aos tempos da ditadura civil-militar (1964-1985). Na época, ele foi motorista de Joaquim Câmara Ferreira, uma das principais lideranças da Ação Libertadora Nacional (ALN). Essas são só algumas das histórias registradas em sua participação no #BdFentrevista

Após transitar pelos maiores veículos da mídia brasileira, Juca Kfouri se instalou na TVT, a TV dos trabalhadores, em que comanda um programa de entrevistas. Para o jornalista, as TVs públicas deveriam assumir “seu lado” político, mas se manterem fiéis aos fatos e à verdade.

“A gente não disfarça o que a gente é, mas a gente não mente, a gente é escravo do fato. Independentemente de o fato me agradar ou me desagradar. Nós não subestimamos, entre outras coisas, os perigos pelos quais o Brasil passa. Eu não tenho a menor segurança — adoraria poder dizer com segurança — que Bolsonaro acabou”, explica o jornalista.

“Pior, temo que se o Bolsonaro tiver acabado, quem substitua seja esse maluco deste Pablo Marçal, que é mais inteligente, comunicativo e psicopata do que ele”, completa.

A sua saída da ESPN Brasil, em agosto de 2019, ao lado de outros tantos profissionais da empresa estadunidense, foi um dos marcos do jornalismo esportivo no Brasil. As demissões impulsionaram algo que já parecia inevitável: a ascensão de setoristas e comentaristas que construíram canais próprios de comunicação com o público pelas redes sociais.

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