Foi mais ou menos no ano de 1850 os primeiros fazendeiros
que vieram ocupar as terras que constituem o atual município de Heliodora,. Nesse tempo, toda sua extensão era coberta de opulenta e cerrada mata virgem. Os fazendeiros eram de várias famílias: Gonçalves, Pereira e Fernandes, sendo que a família Gonçalves era a possuidora do maior número de escravos. Em 1869, o patrimônio pertencia a uma fazenda de muitos alqueires, denominada São Joaquim do Paraíso, que ia ser dividida entre os herdeiros de Feliciana Maria do Nascimento. Nessa divisão, o referido terreno, que continha a área estimada de 70 alqueires, coube por herança aos senhores Guilherme da Silva Mendes e sua esposa Ana Vitória de Jesus, Catarina de Sene e Caetana Maria de Jesus. Nessa ocasião, os referidos herdeiros fizeram doação de 11 alqueires, para o patrimônio de uma Igreja onde deveria ser construída uma capela e um cemitério, conforme documento de doação datado de 15 de fevereiro de 1869.
Algum tempo depois, o lavrador José Vieira da Silva, vindo da vizinha freguesia de Santa Catarina comprou terras da mesma fazenda, próximas ao patrimônio e fixou residência. Neste patrimônio foram construídas várias casas por moradores das vizinhanças, e pessoas de profissões diversas que afluíram ao lugar. José Vieira construiu e doou uma casa destinada a casa paroquial. O nome do povoado ficou sendo Santa Isabel e fazia parte do distrito de Santa Catarina. Com a criação do município de São Gonçalo do Sapucaí, pela Lei provincial nº 2.554, de 19 de outubro de 1878, Santa Isabel passou a pertencer ao novo município. José Vieira da Silva, principal fundador de Santa Isabel era homem de pouca instrução, mas inteligente, probo e trabalhador. Teve sempre grande trabalho como administrador do lugar, financiando despesas avultadas para policiamento, ordem e justiça locais, hospedando inúmeras pessoas aqui vindas como autoridades ou a passeio. Nos últimos anos do Império haviam dois partidos políticos: Conservador e Liberal. José Vieira era do Partido Conservador e os Gonçalves do Liberal.
No ano de 1895 foram nomeadas professoras para o Arraial, que melhoraram consideravelmente a instrução local. Os fazendeiros, senhores de muitos escravos, eram verdadeiros Bandeirantes no aproveitamento da terra, para o cultivo de cereais, cana, fumo e milho. Os produtos eram transportados até Parati, porto mais próximo. Mais tarde, os produtos eram conduzidos em tropas para Itatiaia, Queluz, Cruzeiro, Cachoeira Paulista e Lorena, a medida que os trilhos avançavam rumo a São Paulo. Com a liberação dos escravos, que se dispersaram, os fazendeiros, sem eles, abandonaram as lavouras e se dedicaram a criação de gado.
Em virtude da Lei Estadual nº 845 de 07 de setembro de 1932, foi mudada a denominação de Santa Isabel para Heliodora homenageando a heroína da Inconfidência "Bárbara Heliodora". Passou a vila, pela Lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, graças aos grandes esforços e trabalhos incansáveis de muitos dos seus habitantes e Conseguiram a emancipação de Heliodora, desmembrando-se do território de São Gonçalo do Sapucaí, pela Lei nº 336 de 27 de dezembro de 1948, com a denominação de Senador Lemos.
A primeira eleição realizada neste município foi no dia 06 de março de 1949, e empossados no dia 19 de março de 1949, foi eleito o Sr. Celso Vieira Vilela para o cargo de Prefeito, Luiz Fernandes Vieira como Vice-prefeito
. Nas eleições realizadas em 02 de novembro de 1952 coube ao Sr. Luiz Fernandes Vieira o cargo de Prefeito Municipal, de acordo com a criteriosa preferência popular. Nesta gestão destacou-se o melhoramento no serviço de abastecimento de água, ajardinamento e arborização da Praça Santa Isabel, construção do prédio da Prefeitura Municipal. Foi empreendido nesta época uma campanha no sentido de reivindicar o antigo nome de Heliodora, uma vez que a denominação de Senador Lemos não tinha nenhuma relação histórica com a vida da localidade. Ocorrendo em 1953 a volta do antigo topônimo Heliodora.
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