Pe. Arlindo Giacomelli, MSC, o Gigante da Mantiqueira!

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Pe. Arlindo Giacomelli, MSC, o Gigante da Mantiqueira!

“Dia 28 de Julho às 4h30 da manhã, aos 91 anos entregou sua bela alma a Deus o Pe. Arlindo Giacomelli, após uma batalha heróica contra um câncer que o privou de alimentos sólidos e do paladar. Fiel as suas origens de homem do campo percorreu montado num lombo de cavalo, no assento duro de um jipe ou na sua inseparável toyota milhares de quilômetros pelas vias tortuosas de Piranguçu, Marmelópolis e de sua amada Delfim Moreira. Chuva, poeira, distâncias, noite ou dia, cansado ou não, jamais deixou de cumprir um só de seus compromissos. E se perguntava: “Será que ainda tenho rins”? Ele nos contava na sua simplicidade que, as duas únicas vezes que faltou com seus compromissos foi por ocasião da morte de seus pais. Como filho padre celebrou a missa de corpo presente de seus genitores na cidade de Descalvado, SP, sua terra natal.

Enérgico para consigo mesmo e com os demais, este descendente de imigrantes italianos foi forjado como o ouro na fornalha. De estatura alta e imponente e, às vezes com o rosto deixando transparecer austeridade, acalentava no peito um coração de criança. Como pai, avô, bisavô e, quem sabe, triavô de uma comunidade cristã, “era um leão no púlpito, mas um cordeiro no confessionário”, como nos lembra Santo Afonso Maria de Ligório. Caberá a Deus contar quantos filhos e filhas gerou para a Trindade Santa e para a Igreja na administração do Sacramento do Batismo. Deixemos Deus calcular as uniões matrimoniais que assistiu. Somente o Verbo de Deus, Jesus Cristo feito homem saberá agradecer ao seu fiel discípulo e bom pastor, as milhares de Eucaristias que presidiu. Somente nos seus últimos dias deixou seu inseparável altar. Apoiando aqui e acolá, e tantas vezes com as mãos na sua bendita bengala, não perdia a dignidade de estar com o Senhor no Sacramento da sua Paixão, Morte e Ressurreição, tomando em suas mãos o Pão da Vida para distribuí-lo aos seus filhos e filhas. Suas homilias, semelhantes as do São Cura de Ars, era uma catequese de fazer inveja a qualquer letrado em Bíblia. Doa a quem doer, “quer agrade ou desagrade”, nunca faltou com a verdade. Nunca se negou a celebrar uma missa de corpo presente. Em seu relacionamento humano, foi além das diferenças de temperamentos. Que agora se manifestem os familiares de tantos irmãos e irmãs que, na partida de alguém querido, sentiram a presença amorosa e consoladora do pai Pe. Arlindo.

Quando tomou conhecimento do seu câncer na língua e parte da gengiva, encontrei-o cabisbaixo no seu quarto. Estava sentado e com as duas mãos apoiando a cabeça. Perguntei-lhe: “Por que o Sr está tão abatido”? Voltou-se e disse sem rodeios: “Estou com “aquela” doença. Não tenho medo, mas fico preocupado qual será minha reação na hora do sofrimento maior. Será que serei fiel aos dizeres que eu mesmo escolhi quando coloquei o Crucificado de madeira no presbitério com a seguinte frase: “É ASSIM QUE SE AMA”? “Eu não quero trair Nosso Senhor”! Fiquei por alguns momentos em silêncio e não me lembro de mais nada. O impacto foi tão grande com a sua pergunta que suas palavras pareciam um sonho. Posteriormente, com a evolução da doença e de sua passagem deste mundo para o Pai, compreendi a preocupação do nosso gigante Missionário do Sagrado Coração: A exemplo do Bom Pastor que deu a vida pelas suas ovelhas, “foi levado ao matadouro sem abrir a boca”. Sim, ele foi capaz de dizer: “É ASSIM QUE SE AMA”!

Agradecemos a presença e a solidariedade de todos que, na vida, foram Anjos da Guarda para este nosso irmão e pai. Um agradecimento especial a Margarida que, durante quase vinte anos foi sua secretária e filha e ele para ela um pai. Estamos aqui para fazer uma travessia de fé, diante de um acontecimento que nos entristece, seja pelo sentimento de perda de alguém querido, seja pela memória de perdas que toda cerimônia fúnebre desperta. Inclusive, temos acompanhado tantas mortes trágicas, por conta de enchentes, ou por conta da violência, da fome em cada recanto de nosso país e do mundo. Mas queremos fazer desta homenagem uma celebração da vida, para além da morte. A Palavra de Deus vem em auxílio de nosso silêncio e de nosso pesar. [...]

Nossa Senhora do Sagrado Coração a quem ele tanto amou aqui na terra, receba este seu filho sacerdote que, a exemplo de seu Filho Jesus aprendeu lentamente a dizer: “Eis que venho fazer a tua vontade ó Pai”.

Pe. Arlindo: descanse em paz, nas mãos de Deus, Pai de misericórdia!

De seu irmão, amigo, confidente e admirador,”
Pe. José Roberto Bertasi, mSC – Itajubá, 28 de julho de 2011.

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