Teologia do Tempo | Luiz Sayão | IBNU

Insatisfação consigo mesmo é um sinal de que a graça de Deus está agindo em nós. O salmista reconhece que somos consumidos pela ira de Deus, aterrorizados pelo seu furor, e que todas as nossas ações são conhecidas por Ele.

Essa percepção ética da nossa situação diante de Deus leva a uma profunda humildade e a uma compreensão de que todos os nossos dias passam debaixo do furor divino. Não há escapatória, e nossa vida é comparada a um murmúrio, algo que passa rapidamente.

No entanto, o salmista não deixa a reflexão apenas na consciência do pecado e da ira divina. Ele volta o olhar para a soberania e misericórdia de Deus, reconhecendo que mesmo em meio à sua ira, Deus é capaz de ensinar-nos a contar os nossos dias, a valorizar cada momento e a buscar um coração sábio.

Assim, a reflexão sobre o caminho de Deus envolve não apenas a compreensão da grandiosidade divina, mas também a consciência de nossa fragilidade, pecado e necessidade de redenção. A humildade diante de Deus e a busca por sabedoria são aspectos fundamentais desse caminho.

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