A lenda do Bumba Meu Boi | Boi-Bumbá | Boi Bolé - Folclore

O boi é um folguedo popular praticado por grupos e comunidades em todo território brasileiro. Tem influências europeias, africanas, ameríndias e exerce grande fascínio em crianças e adultos. É uma mistura de dança, música, teatro, artes visuais e literatura.
A tradição se firmou em tempos coloniais, em pleno período escravista, e resistiu às transformações históricas, ao fim do regime servil, chegando aos dias de hoje como um dos principais ícones da cultura popular brasileira. De natureza versátil e repleto de elementos adaptáveis a diferentes contextos socioculturais, o folguedo do boi concentra amplo repertório simbólico e canaliza a expressão de sentimentos, emoções e expectativas sociais.

A turma do Boi Bolé é fruto de pesquisas e atividades realizadas pela Parabolé Educação e Cultura no campo do folclore. Desde 2008 promovemos vivências, oficinas e apresentações do folguedo do boi em instituições de ensino e espaços de convivência.
Três tradições populares nos influenciaram diretamente na criação do Boi Bolé. Em primeiro lugar, o Boi de Reis da região norte de Minas Gerais, do qual apreendemos a estrutura do auto dramático, bem como alguns personagens e a maior parte das canções utilizadas. Em segundo lugar, o Boi de Matraca de São Luís do Maranhão, cujo desdobramento cênico, chamado localmente de “comédia”, inspira a trama teatral que criamos e dá substância à figura mitológica do personagem Boi. Em terceiro lugar, o Boi de Mamão do Paraná e de Santa Catarina, de onde vêm algumas das canções utilizadas e também alguns personagens.
Nosso objetivo é proporcionar aos educadores e estudantes uma experiência que amplie a visão sobre essa típica manifestação folclórica brasileira. Pretendemos estimular o interesse pela arte popular e destacar a pluralidade de composições artísticas que resultam da diversidade cultural de nosso país.

Ficha técnica
Catirina: Luana Godin
Chico Antônio: Cleydson Nascimento
Boi Bolé: Zé Ronaldo Ribeiro
Direção, figurino e cenografia: Levi Brandão
Texto: Nélio Spréa
Confecção do boneco: Eduardo Santos
Filmagem e edição: Lucas Rachinski e Juliano Batistel
Produção: Parabolé Educação e Cultura

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