Informalidade é vida

A economia informal é criticada como inferior ou de risco, mas nada disso poderia estar mais incorreto. Para muitos a economia informal é vida, já que é ilegal que trabalhem ou vendam seus produtos e serviços.

Não estou falando de criminosos, e sim de pessoas normais. Pessoas que não conseguem produzir o salário mínimo e portanto estão legalmente desempregadas para sempre. Pessoas que não podem trabalhar nas jornadas delimitadas pelo estado. Pessoas que querem comercializar mas não conseguem arcar com o custo da burocracia ou pior, sequer a entendem.

Junto delas existem centenas de milhares de pessoas que optam pela informalidade. Profissionais liberais de todos os tipos que enxergam muitas vantagens em poder controlar suas horas, não participar do FGTS ou INSS, evitar impostos diversos e muitas coisas mais.

É essa informalidade que vem absorvendo o comércio varejista brasileiro. Vendedores pela internet, vendedores informais e muitos mais que simplesmente não aparecem nas estatísticas. São estes empregos que estão salvando vidas, que não aparecem nas estatísticas de emprego ou desemprego.

O mercado negro, ou com seu verdadeiro nome, o capitalismo de livre mercado, é uma realidade no Brasil, e isso é excelente. As estatísticas formais podem mostrar um declínio da formalidade, mas nunca saberemos se estamos declinando ou se a informalidade está crescendo tanto a ponto de compensar e até crescer.

Mas o fato permanece: para milhões no Brasil, informalidade é vida.

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