Natureza e Cultura | Introdução Geral à Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 38

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Natureza e Cultura | Introdução Geral à Filosofia | Aula 38

Há inúmeros sentidos da palavra ‘natureza’. Nesse cenário, dois grandes usos – nem sempre independentes um do outro – podem servir de ponto de partida para uma análise:

• natureza de um ser;
• a natureza.

O primeiro uso acontece quando alguém quer identificar uma característica própria em algo determinado, como em “Não adianta gritar com o gato, não é de sua natureza socializar com muitas pessoas”.

O segundo acontece quando alguém se refere não à característica de algo, mas sim a um ser que costuma chamar por ‘natureza’, como em “Eu me sinto bem quando estou na natureza”.

Por sua vez, a palavra ‘cultura’ vem do verbo latino colere – cultivar, cuidar. Nesse sentido primitivo, três acepções são derivadas:

1. Cultivo e cuidado com a natureza (daí, agricultura)
2. Cultivo e cuidado com os deuses (daí, culto)
3. Cultivo e cuidado com as crianças (daí, puericultura)

Nesse último sentido, cultura se constituía no cultivo das crianças – em aspectos corporais e espirituais –, de modo a aperfeiçoarem suas qualidades naturais – caráter, índole, temperamento, a fim de se tornarem membros virtuosos da comunidade.

É daqui que, mais tarde, será derivada a acepção de cultura como educação. Algo como o aprimoramento de o que já é natural no homem, de modo que cultura e natureza não se opõem. São exemplos dessa combinação o desenvolvimento da linguagem (mediante o letramento e a oratória), como o corpo (mediante os esportes em geral), como a racionalidade em geral (mediante a Poesia, a História, a Filosofia). A pessoa culta é, ao mesmo tempo:

• Virtuosa (ética)
• Consciente e participante (política)
• Intelectualmente desenvolvida (artes, Filosofia e Ciências)

É a partir dessa concepção que surge a separação entre culto e não culto.

► Sumário

Introdução (00:00)
1. Natureza (02:35)
1.1 Dois usos da palavra 'natureza' (03:00)
1.2 Quatro sentidos da palavra 'natureza' (05:00)
1.2.1 Physis e kosmos (05:09)
1.2.2 Causa do próprio movimento (07:00)
1.2.3 Ausência de interferência humana (09:29)
1.2.4 Meio ambiente (11:22)
2. Cultura (13:36)
2.1 Três sentidos etimológicos (14:02)
2.2 Sentidos históricos (18:38)
2.3 Sentidos antropológicos (26:21)
2.3.1 Determinismos biológico e geográfico (28:04)
2.3.2 Ideais sobre origem da cultura (33:55)
2.3.3 Teorias modernas sobre cultura (40:30)
Resumo (47:39)

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► Bibliografia utilizada:

ARISTÓTELES. Metafísica. Ensaio introdutório, texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale. Tradução de Marcelo Perine. 3ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2013.
BORNHEIM, Gerd A [org.]. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, 2016.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 12ª ed. 5ª imp. São Paulo: Editora Ática, 2002.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 16ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
LIMA, Vitor. Filosofia pré-socrática. Aula 01. Curso de História da Filosofia, INÉF, 2020.
_________. Ciências Humanas. Aula 37. Curso de Introdução Geral à Filosofia, INÉF, 2021.
MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Trad. Roberto Leal Ferreira e Álvaro Cabral. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
OS PRÉ-SOCRÁTICOS (Coleção Os Pensadores). Fragmentos, doxografia e comentários. Seleção de textos e supervisão do Prof. José Cavalcante de Souza. Dados biográficos de Remberto Francisco Kuhnen. Traduções de José Cavalcante de Souza (et. al.). 2º ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

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