HIV / AIDS - uma explicação clara, simples e direta: o que é? Quais os sintomas? Tem tratamento?

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Hoje no mundo, aproximadamente 37 milhões de pessoas vivem com o HIV - só em 2020, 680 mil pessoas perderam a vida por causas relacionadas ao vírus da imunodeficiência humana, enquanto um milhão e meio de novas pessoas contraíram a doença. Desde que ela foi descoberta, estima-se que 36 milhões e 300 mil pessoas morrreram por causa dessa doença (essa é aproximadamente a população do Canadá - prá gente ter uma idéia de grandeza que vai além de olhar somente o número). E com dados desse tamanho não resta dúvidas que as infecções pelo HIV são um problema grave para a saúde a nível mundial. E propagar as boas informações combatendo a desinformação, os estigmas e preconceitos é uma das melhores armas que nós temos para enfrentar esse implacável inimigo. Por isso, vamos falar sobre HIV, sobre a sua manifestação como doença que é a AIDS, sobre os principais sintomas e principalmente sobre alguns mitos que ainda existem e circulam por aí com relação a esse assunto.
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A AIDS, ou Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é a manifestação como doença de uma infecção viral causada pelo vírus da imunodeficiência humana - o HIV. O HIV é um vírus que se transmite por várias formas: a primeira delas é por contato sexual; tanto por sexo vaginal, como anal e também oral (sim, os riscos da infecção são menores, mas você pode contrair o vírus fazendo sexo oral com um homem ou uma mulher que seja HIV positivo). A segunda forma é pelo contato com sangue contaminado - hoje em dia a situação mais comum em que isso acontece é nas situações de compartilhamento de seringas ou instrumentos similares entre pessoas que fazem uso de substâncias injetáveis. A terceira forma é da mãe para a criança tanto durante a gravidez como pelo aleitamento materno. Sempre lembrando que no caso da gestação e do parto a chance de transmissão é bastante reduzida (podendo de fato não ocorrer) se a gestante tomar as medicações e seguir os protocolos de tratamentos previstos para o período da gravidez.
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É importante deixar claro que não ocorre transmissão nas situações de convívio habituais: dar um abraço, beber no mesmo copo, compartilhar uma toalha por exemplo durante um evento esportivo. Então esse é o primeiro mito que eu quero realmente desmistificar aqui nessa nossa conversa: não se contrai o vírus estando perto de pessoas HIV positivo. Por incrível que pareça, mesmo com todas as campanhas de conscientização, em 2016 uma pesquisa realizada na Inglaterra mostrou que 20% das pessoas acreditavam que o HIV podia ser transmitido por contato pele a pele ou por meio da saliva. Outra coisa: mosquitos também não espalham o HIV. Mesmo que o vírus esteja presente no sangue, vários estudos já mostraram que não ocorre transmissão pela picada de insetos que se alimentam de sangue humano. Isso acontece porque quando os insetos mordem, eles não injetam na pessoa mordida o sangue da pessoa que morderam antes; e outra que o HIV vive apenas um curto período de tempo nos insetos. Então essa questão dos mosquitos também é mito, ok?!
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E prá finalizar eu quero falar sobre aquele que eu considero ser o principal mito a ser derrubado: o de que "pessoas com HIV morrerão jovens" e que o diagnóstico é uma condenação a morte. Prá entender isso aqui é importante entender que existe uma diferença entre cura e tratamento. É claro que o que a gente sempre quer é a cura para uma doença. Mas desculpa eu ser o portador dessa má notícia se você ainda nunca ouviu falar disso ou se alguém nunca comentou isso com você: mas a verdade é que a maioria das doenças não tem cura. Diabetes não tem cura; pressão alta não tem cura; sei lá, artrite reumatóide não tem cura... Mas a maioria das doenças têm tratamento. E essa é a informação mais importante. A infecção pelo HIV tem tratamento; e não é de ontem que tem tratamento; eu tava na faculdade ainda; desde 1996 existe tratamento com diferentes protocolos que vêm evoluindo e sendo aprimorados e estudados ao longo de todos esses anos. E o Brasil é pioneiro nisso. Está bem definido que pessoas que sabem ser soropositivas e que fazem e seguem o tratamento indicado vivem cada vez mais e de forma saudável. Sim, tem que tomar medicamentos todos os dias; tem que fazer exames de tempos em tempos e acompanhar com seu médico. Sim, mas tem tratamento e isso faz a pessoa com o diagnóstico ter uma vida normal.
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Dr Carlo Cunha
CRM-SC 14913 l RQE 9816
Médico de Família. Epidemiologia Clínica.
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