RECIFE / cheia de 75

Há exatos 44 anos, em 17 de julho de 1975, teve início a enchente que atingiu 25 municípios banhados pela bacia do Rio Capibaribe. A chamada “enchente de 75” deixou 80% da população recifense debaixo d'água e ficou conhecida como a maior calamidade do século, chegando a um nível inédito de alcance de mais de 50% de toda a área urbana da cidade.

As ruas ficaram intransitáveis. 107 pessoas morreram e milhares ficaram desalojadas por conta de desabamentos e perda total de suas residências. A água também devastou outras cidades, como São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. A capital pernambucana ficou completamente isolada por conta da inundação.

Quando as águas começaram a baixar, as pessoas, fragilizadas, foram aos poucos retomando suas vidas e reparando os prejuízos. Foi nesse cenário quando, quatro dias depois, em 21 de julho, surgiu o boato de que a barragem de Tapacurá havia estourado e o Recife seria tomado pela água. A população literalmente corria de um lado a outro sem saber o que fazer. O pânico tomou conta das ruas.

Havia a crença de que o rompimento da barragem formaria uma grande onda que destruiria a cidade por completo. Sabendo do ocorrido, o então governador José Francisco de Moura Cavalcanti emitiu uma série de boletins desmentindo o boato. Felizmente, Tapacurá não rompeu!