A Filosofia de Sócrates - Prof. Anderson

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Sócrates
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Sócrates (470 – 399 a. C.) foi um marco na filosofia grega. Não deixou nada escrito e o que sabemos de seu pensamento é o relatado por seu discípulo Platão. Ele nasceu em Atenas, foi contemporâneo de Péricles, e crítico do regime democrático.
Ele viveu na época da GUERRA DO PELOPONESO (431-404 a. C.), que foi motivada pela forma autoritária e abusiva com que Atenas tratava os seus aliados.
Um grupo de póleis cansada da tirania Ateniense, sob a liderança de Esparta, formaram a Liga do Peloponeso, para enfrentá-la. Essa guerra foi o grande motivo da decadência das póleis gregas, pois elas foram se destruindo e abrindo espaço para que inimigos externos pudessem conquista-las.
Sócrátes participou de algumas batalhas, sendo condecorado por bravura.
O Oráculo de Delfos o celebrou como o mais sábio dos homens por ele ter consciência de sua própria ignorância.
Ele travou um grande embate com os sofistas ao dizer que estavam errados, que poderíamos sim obter um conhecimento objetivo, um saber verdadeiro. Sustentava que o homem poderia conhecer a essência das coisas e que a primeira pergunta a ser respondida era qual a sua própria essência.
Para ele, a essência do homem é a sua alma, entendida como consciência de si. É isso que distingue o homem dos outros animais. Não é à toa que ele instigava seus discípulos a terem esse conhecimento, pois era isso que os tornavam humanos. “Conhece-te a ti mesmo” estava escrito no pórtico do oráculo que afirmou ser ele o mais sábio dos homens.
Mas essa consciência de si não era só o simples saber de um eu individual. Era a consciência de que somos parte integrante de um conjunto de relações que formam um todo maior, e que por fazer parte desse todo é que temos o poder e o dever de conhecer sua essência.
Desse modo, temos o poder de ter essa consciência moral que nos guia na interação com nossos semelhantes. Nessas relações só podemos agir conscientes se tivermos conhecimento da essência das coisas, sejam elas o bem, a amizade, a virtude, ou até mesmo a democracia.
O interessante é que Sócrates não trazia respostas prontas. Por meio do diálogo, ele se posicionava como um ignorante e começava a questionar as pessoas sobre o que eles pensavam saber, mostrando-lhes que nada sabiam, e que o que sabiam eram crenças que lhes foram passadas como verdades sem nenhum tipo de reflexão crítica. E ao final, ele fazia a própria pessoa chegar à verdade.
Talvez se ele aparecesse com verdades prontas não teria sido Sócrates, mas apenas mais um sabichão metido a besta. No entanto, como ele fazia a pessoa ver a verdade pro si própria, por meio da maiêutica, ele foi o mais sábio dos homens e por isso um perigo para o sistema.
Ora, pensemos um pouco. No auge do imperialismo ateniense, quando eles eram tomados como modelos pelas outras pólis (como o próprio Péricles afirmou acima); quando eles tratavam seus “aliados” da Liga de Delos como bem entendiam, usando os recursos da Liga para tornar Atenas a mais bela e poderosa pólis que já existira; quando eles estavam maravilhados com seu regime político, que eles próprios criaram; vem um cara e começa a botar caraminholas na cabeça dos jovens perguntando: “será mesmo que vivemos uma democracia, quando temos um regime político que permite a um bom orador ir à assembleia e fazer um discurso bonito e pomposo que leve o povo a aprovar o que ele quer sem o mínimo de reflexão?”, “será que é certo tratarmos nossos aliados com toda essa arrogância, e usando mais a força que a justiça em nossas relações?”, “será mesmo bom essa democracia onde qualquer um possa influir nos destinos da pólis, mesmo não tendo conhecimento do que seja bom e justo?”.
Entendem agora porque Sócrates era um perigo a ser exterminado o mais rápido possível? Era um traidor, um corruptor da juventude.
A Guerra do Peloponeso durou 27 anos e terminou com a vitória de Esparta, no entanto, acabou deixando as partes envolvidas enfraquecidas.
Desde a derrota de Atenas nessa guerra, o regime democrático ficou desacreditado pelos próprios ateniense, e muitos deles começaram a criticá-lo. Eles argumentavam que em momentos cruciais da guerra, foram tomadas muitas decisões estúpidas por que foi colocado para a maioria decidir, e isso levou à derrota de Atenas.
O regime democrático ateniense foi substituído por uma oligarquia comandada por 30 tiranos indicados por Esparta. Nesse tempo ficou proibido o debate em público e o ensino de retórica. Mas, alguns anos depois a democracia foi restaurada e Sócrates voltou a importunar.
Ele foi acusado e, por mais forte que fossem seus argumentos de defesa, foi condenado, porque sua condenação já era certa desde antes mesmo do julgamento começar. Bebeu cicuta mas não renunciou ao que disse.

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