História da CIFERAL e os ônibus urbanos

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A CIFERAL, Comércio e Indústria de Ferro e Alumínio, foi fundada no Brasil em 1955 em Ramos no Rio de Janeiro, por , Fritz Weissman, ex funcionário da CIRB S.A. e fundador da Metropolitana Carrocerias S.A.
Fritz, começou a pesquisar métodos de construção de estruturas a partir de perfis de alumínio, motivo pelo qual resolveu deixar a Metropolitana e criar sua própria empresa, a CIFERAL, que investiria na tecnologia de duralumínio.
A empresa fabricou o primeiro ônibus urbano em 1957, sobre o recém lançado chassi mercedes benz LP-312, pouco tempo depois também seria lançado o primeiro rodoviário.
Em 1961 seria lançado o modelo que ficou conhecido como Cisne, a carroceria de alumínio, elevava o preço final, causando certo afastamento da Ciferal do conservador mercado de urbanos, o que a levou a voltar-se temporariamente quase com exclusividade para o transporte rodoviário, se encontrando com uma grande lenda do transporte, a viação Cometa, que seria sua maior cliente.
Em 1970 lançou o moderno Ciferal Urbano, projeto que representou um marco na indústria brasileira de carrocerias.
Em 1977, foi apresentado seu protótipo de ônibus monobloco, primeiro veículo do país especialmente concebido para o transporte urbano de passageiros, a previsão era produzi-lo na nova unidade industrial da Ciferal, em Nova Iguaçu (RJ), então em fase de terraplenagem, porém jamais concluída.

Em 1978 o modelo Urbano recebeu a primeira reestilização, e ganhou o nome Tocantins, no fim daquele ano a Ciferal venceu a licitação para o fornecimento dos primeiros 200 trólebus para a paulistana CMTC.

Ao final da década de 70, a Ciferal produziria os primeiros articulados, com os recém lançados Chassis Scania B-111 motor dianteiro, para o sistema integrado de Goiânia.

Eram grandes os investimentos da Ciferal nessas duas décadas de existência, mas num crescimento industrial relativamente desordenado, com isso, embora a década de 70 tivesse sido de contínuo crescimento para a empresa, a Ciferal mergulharia em um tumultuado período de crise, mesmo lançando no início dos anos 80 dois modelos Urbanos, o Solimões em 81, e o Padron Amazonas, em 82, a crise na Ciferal evoluiu rapidamente, a Cometa decidiu fabricar seus próprios veículos, e a CMTC, cancelou um pedido de 2 mil trólebus.
Entrando em concordata, anunciou a suspensão temporária das atividades, e em junho de 82 a Ciferal teve a falência decretada. O governo Estadual, porém, através do então governador recém eleito Leonel Brizola decidiu pela compra da Ciferal.
O próprio governo estadual encomendou 125 carrocerias padron sobre chassi Volvo B58, segundo uma história não confinada, as primeiras unidades dessa nova gestão foram batizadas Padron Briza, em homenagem à Brizola.

Ainda em 1983, com pequenas alterações estéticas, o antigo modelo urbano Tocantins foi relançado com o nome Fênix. Em 1985, fez dois lançamentos: o Alvorada, em substituição ao Fênix, e a Jardineira, no final do ano a empresa parecia ter superado seus piores momentos: com as dívidas quase saneadas pelo governo estadual, lançava o Mikron, e o rodoviário Podium. Em setembro de 1991, lançou o Padron Rio, substituto do Alvorada. Em 92, junto com a Volvo e a Prefeitura de Curitiba, lançou o primeiro ônibus biarticulado do país, batizado de MegaBus.

Com o apoio estatal a Ciferal foi a única encarroçadora do país a aumentar de produção entre 1993 e 94, um período de crise para o setor, porém, com a empresa soerguida o governo resolveu privatizar novamente a fábrica, que foi leiloada e vendida em 1995, assumida por empresários da Fetranspor.

Após a privatização, entretanto, a situação da empresa voltou a se deteriorar, dois lançamentos ocorreram sob administração da Fetranspor, ambos em 1997: o micro Agilis e o urbano Padron Cidade, este uma simplificação do GLS Bus.

Com a nova crise, em maio de 1999, à Marcopolo assumiu 50% do capital da Ciferal, após a introdução de novos métodos produtivos na linha de produção, lançou o Turquesa, onibus urbano simples, porém nele já se notava a nova personalidade.

Em abril de 2001 a Marcopolo assumiu o restante do controle da Ciferal, que abandonou definitivamente os rodoviários, lançou o urbano Citmax, e no ano seguinte, foi lançado do Minimax.
A Marcopolo, rapidamente abandonava o uso da marca Ciferal nos ônibus, em 2013, a marca de urbanos passou a se chamar Marcopolo Rio, os modelos Citimax e Minimax foram retirados de linha, e a marca Ciferal abandonada para sempre, entrando para a história como uma das maiores marcas de Urbanos que existiu no País.

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