Baio Kilero - Fabiano Bacchieri e Joca Martins

Описание к видео Baio Kilero - Fabiano Bacchieri e Joca Martins

Letra: Evair Gomez
Melodia: Juliano Gomes

Trocava orelha meu zaino
Quando ganhei a canhada
O silêncio se atorava
Pelo sonido da espora

Parece que a pampa chora
Velando o baio estirado
E sobre as cruz do cavalo
Da ronda encurtava as horas

O vento embala a crinera
Como a brindar um galope...
E a flauta dos pajonais
Tocam o cortejo da morte

O sol imita uma hóstia
Sobre o altar da canhada
Toldo y viúvas pelas cercas
Silentes e enfileiradas...

Se foi o baio kilero...
Fazer sua última viagem...
Arroz, fumo y quanto traste
Carregou, varando noites...
Sem montura, nem açoites
Sem suas bolsas penduradas
Se foi o baio kileiro
Cruzar a última picada!

O pelo espera o sereno
Irmão de tantas jornadas
E as japecangas enredadas
Foram encolhendo os espinhos

O tecelão que fez ninho
Usando a crina do baio
Hoje falhou no trabaio
Tá manso, quieto e sozinho

Se foi o baio kilero
Despacio, num passo manso
Cruzou a milicada ao tranco
Que sempre andavam ligeiro

Não tem mais peso e arreios
Nem o olhar da milicada
Solito, junto a picada
Se foi... se foi o baio kilero!

Motivação:
Baio Kilero retrata a vida na fronteira entre Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento (Brasil) e seus caminhos de matos e picadas utilizados pelos quileiros levando mercadorias brasileiras pra revender no Uruguai, desviando da polícia e da aduana. O poema fala de um cavalo baio que morre numa dessas travessias. No momento em que chega a polícia no lugar costumeiro das cruzadas, só encontram o cavalo morto. Baio Kilero é um retrato e uma homenagem a todos que se aventuram há muitos anos nessa lida e, por falta de emprego, encontram nessa labuta uma maneira de sobreviver.

Комментарии

Информация по комментариям в разработке