WALTER BENJAMIN I Sobre o decaimento da figura do narrador (Jeanne Marie Gagnebin)

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CRÉDITOS PARA OS VÍDEOS ORIGINAIS
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CC5 - Rua de Mão Única - Jeanne Marie Gagnebin 1
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CC5 - Rua de Mão Única - Jeanne Marie Gagnebin 2
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CC5 - Rua de Mão Única - Jeanne Marie Gagnebin 4
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TEMÁTICA DO CORTE
O tema do narrador e da própria narração é fundamental na obra de Walter Benjamin. Nesse sentido, Jeanne Marie Gagnebin fez uma conferência em que aponta alguns elementos sobre este tema, a partir da obra de Benjamin intitulada Rua de Mão Única. Por sinal, na minha introdução ao corte da conferência de Jeanne Marie eu me esqueci de fazer referência ao livro e peço que me perdoem por este lapso.
A conferencista faz um percurso muito interessante ao tratar da questão do narrador, mas eu destacaria em suas apreciações o fato de que este personagem sofre um decaimento no mundo contemporâneo, que se associa de forma direta à quase impossibilidade da experiência em nossa maneira de viver.
Somos tomados por um certo automatismo que decorre da nossa integração aos modos de funcionamento e operação da maquinaria capitalista. Tal automatismo já era visível de algum modo na obra de Charles Baudelaire, repleta de transeuntes, de passantes que mal se dão a conhecer, em meio à multidão da grande metrópole.
Penso que Edgar Allan Poe é um autor essencial na trajetória que fez Benjamin, até reconhecer nas metrópoles um sistema amplo e complexo de dessubjetivação, movido a ruídos, buzinas de carros, anúncios publicitários, sítios de obras em construção e demolição, ou seja, uma verdadeira ecologia de artefatos destinados a capturar tanto o passante, quanto sua atenção.
Alienados que somos em meio a esta maquinaria -- a cidade como realização dos mais amplos desígnios do capital --, nos tornamos praticamente incapazes de adquirir experiência efetiva, visto que a imensa maioria de nossas ações e pensamentos já se encontram capturados pelos mais diversos dispositivos, além de uma imensa variedade de prescrições de uma “religião civil” que se pode associar ao capitalismo.
Não creio que Benjamin seja um niilista, no sentido de propor que vivemos em um mundo sem portas de saída. Bem ao contrário, me parece que grande parte de suas pesquisas se destinam a encontrar as brechas e orifícios existentes no atual estado de coisas para, então, subverter a ordem de forma absolutamente radical. Não se trata nesse sentido de propor uma bandeira ingênua da revolução, visto que ela padece da reiteração das estruturas de dominação, na justa medida em que se realiza.
A solução de Benjamin corresponde à ideia / proposição de avariar a máquina, de interromper a sua operosidade, como sugere com ele Giorgio Agamben. Este modo de conceber o horizonte político da emancipação situa-se na completa desconfiança que Benjamin nutria pela ideia de progresso. Esse tema, no entanto, vai muito além daquilo que se trata Neste vídeo e fica como desafio para uma nova oportunidade.

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