O serviço funerário de São Paulo acumula problemas há anos, mas a precariedade dos serviços ficou ainda mais evidente com o alto número de mortes durante a pandemia do novo coronavírus. Como a falta de funcionários, estrutura e denúncias de corrupção e de loteamento de cargos.
Um dos casos denunciados, ocorreu há pouco mais de quatro meses, a prefeitura vendeu um caixão de dois metros para um senhora que tinha 1, 50 de altura. A família reclamou porque o caixão não passaria na abertura do túmulo, no cemitério do Araçá, mas o serviço funerário não tinha de outro tamanho e a única solução, foi serra o caixão, ali mesmo, na frente de toda a família. A cena foi registrada pelos parentes que classificaram a situação como "muito triste".
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio do Serviço Funerário, esclarece que a autarquia trabalha com o padrão de caixões na medida de cerca de 2 metros. Também há urnas na medida de 1,90. A escolha é feita pelos familiares no ato da contratação dos serviços fúnebres, levando também em conta a cor de preferência, bem como modelo e valor que se enquadra dentro das suas condições.
Nos últimos 30 anos, o SFMSP padronizou as medidas dos túmulos para cerca de 2,30 metros de comprimento. No entanto, ainda existem sepulturas de tamanho inferior, de famílias que não fizeram a adaptação de seus jazigos.
Em relação ao caso citado pela reportagem, a família foi informada de que o caixão escolhido não era compatível com o terreno pertencente a eles, e que se escolhessem permanecer com o modelo, teriam que realizar a adequação do jazigo, o que não foi aceito, já que teriam que pagar um valor pelo corte de gaveta. Desta forma, a família optou pelo corte da urna para que a mesma adentrasse no espaço disponível.
Em situações como a citada, a autarquia notifica a família sobre a possibilidade de fazer a adequação do jazigo. Para que as adaptações sejam feitas, os familiares devem pagar pelo serviço. O valor da adequação não é padrão, já que dependendo da sepultura, é preciso fazer trabalhos mais detalhados, como sustentação de paredes, e não somente pequenos ajustes.
Quanto ao reajuste na tabela de cremações, a autarquia informa que desde janeiro de 2018, conforme portaria publicada em DO, a tabela de preços para cremações do SFMSP não sofreu reajuste. A informação de aumento não procede.
Nos últimos meses, novas contratações foram feitas como medida preventiva em virtude da pandemia de COVID-19. Por meio de um contrato emergencial, 220 sepultadores começaram a trabalhar no dia 30 de março. O contrato teve duração de seis meses, e no último mês de setembro, foram feitas 120 novas contratações de sepultadores, que iniciaram os trabalhos no dia 26/09/2020.
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