Viagem-teste com a Honda Sahara e já comparamos com a Yamaha Lander e XRE 300, com opinião dos donos

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Existem três versões da nova Honda Sahara: a Standard (R$ 27.090); Sahara 300 Rally (R$ 27.690) e a top de Sahara 300 Adventure (R$ 28.650).
Usei a versão mais completa Adventure (a mesma que testei no lançamento em Recife, mostrada na edição 581), o modelo – tem preço praticado entre R$ 33 e R$ 39 mil. Estava também equipada com bauleto, um acessório original vendido separadamente (por R$ 600) que se mostrou útil cabendo muita roupa, tênis e outros apetrechos. Apenas a máquina fotográfica foi na mochila, já equipamentos eletrônicos não devem ser transportados em bauletos – pois a vibração pode danificar os circuitos e outros componentes sensíveis.
Mesmo saindo de Atibaia logo cedo o sol já estava forte e castigando, seriam mais de 400 km pela frente até Garça. De lá segui para Jundiaí, depois Sorocaba até atingir a Rodovia Castello Branco. Fui até o final da estrada e no trajeto pude avaliar o desempenho da Sahara. Com o limite de 120 km/h, optei por viajar no limite da moto (em alguns trechos batendo mais de 139 km/h). Nessa situação o motor (que tem potência máxima de 24,8 cv) é bastante exigido e trabalha acima dos 8.500 rpm.
Apesar da proteção do para-brisa, equipamento original na versão Adventure, a viagem se torna desgastante e cansativa. Rodei pouco mais de 230 km e a moto já entrou na reserva enquanto o computador de bordo mostrava a pior marca da viagem: 23,5 km/litro. Além do consumo elevado, o longo tempo de pilotagem – mais de 2 horas direto – cobrou no desconforto. Fiquei alternando a posição de pilotagem (em pé, sentado de lado, apoiando o pé na pedaleira do garupa...) enquanto o suor escorria por dentro da roupa da cordura. Estava no final do verão e a temperatura alta desidratava meu corpo.
Deixando a Castello Branco para trás, rumei para Marília, onde encontrei o Edgard Coait (dono da Lander).
Edgard conhece a região de Garça como ninguém e me levou para ver de perto a Igreja dos Ingleses. Testemunha de uma época em que o café era sinônimo de riqueza e ostentação a igreja parece se manter em pé por conta de um milagre. Avisos do risco de desabamento não foram páreo para a curiosidade de ver de perto uma construção no estilo gótico gregoriano tão longe da velha Inglaterra...
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