RUMOS E TROPAS - Ricardo Bergha, Joca Martins e Xirú Antunes

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Tema composto por Eron Vaz Mattos e Cristian Camargo apresentado no 19º Acampamento da Canção Nativa de Campo Bom/RS em março de 2022.

Poema: Eron Vaz Mattos
Melodia: Cristian Camargo
Intérpretes: Ricardo Bergha, Joca Martins e Xirú Antunes
Guitarron: Cristian Camargo
Violão Aço: Luciano Fagundes
Contrabaixo: Pedro Terra
Bandoneon: Gabriel Maculan
Acordeon: Aluísio Rockembach
Vídeo: TV do Gaúcho

Vida e sonhos, rumo e tropa,
Vento e sereno, o bastante:
A tropa marcha por diante
Aos olhos do capataz;
Gastando a vida nomás
No rumo que a estrada aponta
E os sonhos saem da conta
Pois vão ficando pra trás.

Lerdo caminho de tropas,
Estância dos que não tem;
Senda que vai ou que vem
E tantos não voltam mais;
Os gados deixam sinais
De cascos, baba e peçunhas
Como austeras testemunhas
Dos seus destinos fatais.

Rumos de antanhos perdidos
Em meio à sombra da história,
Onde se aninha a memória
Da minha origem tropeira
Que ergueu pátria, hasteou bandeira,
Cor de pasto no matiz
Para afundar a raiz
Nestas plagas da fronteira.

Fui ponteiro nessa estrada,
Chamei tropas bem montado,
Poncho "piloto" emalado
Cuidando gado e tropilha,
Pingos de muda pra encilha
Delgados, de vazio fundo
Prontos pra cruzar o mundo
Se tudo fosse coxilha.

Caminham junto da tropa
Estalos de arreadores;
Nas fímbrias dos corredores
Escorrem águas das fontes.
O sol entrando defronte
Sugere vida e caminho
E apaga o dia aos pouquinhos
Encortinando o horizonte.

Pousos, rondas e fogões,
Ileiras, cordas e crinas,
Laços, lombilhos e chinas
Por esses rumos sem fim;
Por isso fiquei assim:
Meio céu e meio campo
Trouxe luas, pirilampos
Acesos dentro de mim.

Em cada pouso uma história
Ficou guardada na gente;
Apenas quem vive e sente
Esses momentos na estrada
Refletindo em cada aguada
Indiferente do posto
A imagem do próprio rosto
Copiando a luz da alvorada.

Eu tive poncho e cavalos
E corredores por diante
Encilhei rumos errantes,
Levei tropas, trouxe anseios,
Apartei gados alheios,
Marcas de muitas estâncias
Guardei mágoas e distâncias
Que dormem nos meus arreios.

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