Hannah Arendt | A Banalidade do Mal (e a Profundidade do Bem)

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SOBRE a AULA: Nessa aula, o professor Daniel Gomes de Carvalho fala sobre a Banalidade do Mal. Banalidade do mal é uma expressão criada por Hannah Arendt (1906-1975), teórica política alemã, em seu livro Eichmann em Jerusalém, cujo subtítulo é "um relato sobre a banalidade do mal".

Eichmann era um homem medíocre, normal, que sempre obedecia a qualquer comando, a qualquer voz imperativa; na verdade, em vários momentos ele mostra que, se não há alguém mandando nele, quando não havia nenhum comando, nenhum regulamento dizendo o que fazer, ele sentia-se desorientado, desnorteado.
Eichmann lembrava que sempre foi um homem, um cidadão, um respeitador das leis e só ficava com a consciência pesada quando não fazia aquilo que lhe ordenavam. Ele se orgulhava de nunca fazer muitas perguntas aos superiores e ter uma “obediência cadavérica”. Ele via a obediência como uma virtude
Eichmann era um homem incapaz de “pensamento”, isto é, de um diálogo consigo mesmo rumo a independência, incapaz de se colocar do ponto de vista de outra pessoa; pelo contrário, ele repetia as perguntas que lhe eram feitas com clichês, frases prontas, códigos de expressão e condutas padronizadas Certa vez ele disse: “minha língua é o oficialês.” As palavras de Eichmann eram vazias; mas ele não dizia palavras vazias para encobrir outros pensamentos. De fato, incapaz de pensar sozinho, ele sempre falava clichês e frases de efeito prontas.
Ele poderia ter sido um diligente servidor de qualquer outro regime que lhe pagasse o salário: o sonho de Eichmann era alguém que desejava ascensão social, desejava que alguém reconhecesse seus méritos, lhe oferecesse uma carreira, pagasse aposentadoria – era um homem banal, que não fez nada a não ser “cumprir ordens”, organizar um sistema eficiente de transporte.
O mal de Eichmann, portanto, é um mal moderno: não é o mal do pecado, de que falam as religiões, nem o mal dos vilões da literatura, movido por inveja, traumas ou ressentimento, mas um mal que, por não ter motivos especiais, pode ser um mal infinito. Em seu diário na Sibéria, Dostoiévski já contava que, em meio a multidões de assassinos, estupradores e ladrões, nunca encontrou um único homem que confessasse ter cometido um crime.
A maldade não é uma condição necessária para fazer o mal: “Minha opinião é de que o mal nunca é ‘radical’, é apenas extremo e não possui profundidade nem qualquer dimensão demoníaca. Ele pode cobrir e deteriorar o mundo inteiro precisamente porque se espalha como um fungo na superfície (...) Essa é sua banalidade. Apenas o bem tem profundidade e pode ser radical.” Em resumo, a irreflexão, o lugar comum, a vontade de sucesso, a banalidade podem causar mais mal do que os planos diabólicos de um vilão qualquer.

Talvez os maiores vilões contemporâneos não sejam "grandes ditadores", mas pessoas banais. Apenas o Bem pode ser profundo; o mal se expressa na banalidade. O que você pensa?

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