Thomas Hobbes: "O homem é o lobo do homem".

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Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.

Inglês, Hobbes (1588-1679) estuda em Oxford, posteriormente se torna preceptor. Após isso será secretário de Francis Bacon e, por fim, preceptor do rei Carlos II. Ele presenciou uma dura guerra civil (1642-1648). Em meio a isso presencia a decapitação do rei Carlos I e a acensão Cromwell ao governo. Em sua obra, o filósofo se propõe a pensar, sobretudo, o “estado de natureza” do homem, como o conhecimento é algo possível e qual a necessidade da existência do estado, bem como ele deve funcionar.

Para pensar o que são os seres humanos, Hobbes pensa na perspectiva do estado de natureza, isto é: o que é o homem antes da existência da sociedade? Sua conclusão é a de que a humanidade segue seu interesse próprio, sem empatia, sendo capaz de matar, roubar e o que mais for necessário. A síntese dessa visão hobbesiana pode ser vislumbrada na ideia de que: “O homem é o lobo do homem”.

Seguindo a proposta de que por natureza o homem é mau, resta ao filósofo se perguntar: se naturalmente nada impede o homem de se matar, teria alguma solução para que a raça humana não se extermine? A resposta será positiva, para Hobbes, o Estado deve ser soberano, ou seja, uma instituição social que os indivíduos podem adentrar mediante o “contrato social”, sendo ela capaz de garantir a ordem, concomitantemente fazer com que hajam direitos para todos os indivíduos.

O poder político que visa garantir a sobrevivência não deve partir de Deus, pois sua base está na natureza mecânica dos corpos. Ou seja, da observação da natureza tal como ela é o homem pode erigir leis organizacionais. Além disso, nesse ponto está a visão de que o conhecimento humano se dá mediante a experiência. Em outras palavras: são pelos sentidos que o homem percebe o mundo. Desse movimento nasce a sensação, que é a aparência ou ilusão do objeto. Do mesmo modo forma-se a memória, representando lembranças do que foi sentido. A linguagem é o que propicia ao ser humano a conservação das ideias advindas da experiência. Consequentemente nasce a comunicação, a relação e os acordos.



Fica compreensível que na filosofia hobbesiana não há a concepção de uma ideia originada fora da experiência (inatismo). Tudo advém dos sentidos. Da memorização das sensações o homem pode movimentar-se de modo voluntário. Assim, toda vez que o humano se movimenta para algo está formado o apetite ou desejo mediante o esforço ou conatus. O que se opõe a isso é a aversão. Aqui se formam as “paixões” (amor, medo e etc). Fica claro uma defesa mecanicista da natureza dos seres vivos (fisicalismo).

Feitas as considerações sobre a “natureza humana”, Hobbes passa a defender no aspecto político a “soberania”. Isso significa apostar na ideia de que um soberano resolva os conflitos entre Estado e Natureza. As premissas do seu raciocínio para defender tal tese são: os homens buscam saciar seu desejo e afastar o indesejável; na natureza, todos os homens são inimigos, pois cada um busca sua satisfação pessoal, isso gera uma “guerra de todos contra todos”; a própria guerra se torna um desejo de autopreservação; para ter a paz os homens devem abrir mão do direito de todas as coisas, adentrando a um contrato. Aquele que desobedecer o pacto será punido com violência.

Uma paz elaborada com base no medo se torna frágil, porque na ausência do temor os homens podem transgredir a lei. Frente a isso, é preciso um poder mais forte que torne a paz obrigatória. Isso implicará em um pacto onde o homem abrirá mão de todo e qualquer direito que possa ter e o dará a um outro que representará o Estado. Diante de tal poder teremos um monstro (Leviatã), porque este ocupa o poder ilimitado, podendo agir com violência para garantir a paz. Portanto, finda-se o estado natural e inicia-se a sociedade civil.

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