Guten Morgen 139: A era da idolatria

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Guten Morgen, Brasilien! A abertura das Olimpíadas de Paris foi blasfema até além do limite do tolerável (essa palavrinha que eles adoram). Mas também revelou diversos símbolos associados à antiga idolatria, lá do Antigo Testamento. Flavio Morgenstern analisa: não é à toa. A idolatria, o pecado mais citado em toda a Bíblia, é também a marca suprema do nosso século XXI. Que podemos chamar de "Era da Idolatria".

Claro que é preciso comentar uma certa polêmica da qual gostaríamos de nos esquivar: católicos e protestantes utilizam o termo "idolatria" de maneira radicalmente distinta. Mas temos de nos ater ao que diz o texto bíblico para entender o que é essa tal idolatria.

Para tal, fazemos um passeio pelos mundos antigos da Babilônia, Egito e Assíria na companhia do maior filósofo político do século XX, Eric Voegelin, e seu monumental "Israel e a Revelação", no qual Voegelin analisa a diferença fundamental entre as sociedades mitopoéticas do Oriente próximo (cuja estrutura vai se repetir em qualquer lugar do mundo, seja nos Andes ou na China, na Polinésia ou entre os vikings) e o mundo da Revelação dada aos hebreus, que marcará esse povo como o primeiro a ter a história como território privilegiado de sua existência.

Assim, conseguimos entender imediatamente por que há tantas religiões no mundo, e só uma que possa ser tratada como verdadeira. Essas sociedades mitopoéticas exigem algo diferente para salvação dos homens. Ao invés da confissão e de um Deus que se sacrifica pelos pecados humanos, esses povos fazem constantes... sacrifícios, mesmo humanos, para apascentar o cosmo, a natureza e as crises sociais.

Por isso o Segundo Mandamento pune a idolatria como algo pior do que o homicídio. Porque é pior do que o homicídio. São mortes humanas para ícones, acreditando que vão salvar suas almas cuidando da fúria dos deuses. É o que Voegelin chama de "sociedades cosmológicas": o símbolo (mitológico) para o cosmo, a natureza, a alma humana e problemas civis é o mesmo. Uma crise política, uma enchente ou um eclipse são tratados como sinais de fúria divina, só resolvida com sacrifícios.

Isto é a tal da idolatria. Algo BEM DIFERENTE do mundo hebraico, em que o sacrifício humano é trocado por um símbolo daquele sacrifício: a obediência e a confissão, sem necessidade de novos derramamentos de sangue.

Mas o mundo moderno se livrou da idolatria? Ou tem voltado a prestar cultos de sacrifício, preconizando menos filhos, diminuição populacional, e ritos e mais ritos circulares e viciosos, trocando a divindade por ídolos que exigem nossa obediência completa? Acompanhe essa polêmica com Flavio Morgenstern e não se esqueça do nosso PIX! Chave PIX: [email protected]

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