A episiotomia arruinou minha vida sexual por um ano | Bela Gil

Episiotomia, uso indevido de ocitocina, imobilização, clampeamento precoce do cordão umbilical... tudo isso são formas de violência obstétrica. Nesse vídeo, vou falar sobre isso, como a episiotomia arruinou minha vida sexual por um ano e o que você pode fazer para evitar passar pelo mesmo.
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Violência obstétrica existe no mundo inteiro, e deve ser punida para que isso não aconteça com as mulheres.

Violência obstétrica nada mais é do que a falta de respeito à mulher.

Existem 4 procedimentos feitos em hospitais que eu gosto de destacar:

- Uso ou administração do soro com ocitocina sintética sem indicação clínica, para acelerar o parto, puramente por uma conveniência médica.

- Imobilização: muitas mulheres são imobilizadas no trabalho de parto.

- Privação de alimentos. O trabalho de parto exige muito do corpo da mulher, e ela precisa repor as energias. Privá-la disso, ou requerer que ela fique de jejum, é uma forma de violência obstétrica.

- Episiotomia (o corte no períneo para facilitar a saída do bebê). A OMS indica que a episiotomia seja feita em cerca de 10% dos partos, mas no Brasil esse número é muito maior, e muitas vezes é feito sem o consentimento da mulher. A episiotomia pode ser feita por uma indicação, mas muitas vezes é feita como rotina, como protocolo do hospital, independente do tamanho da mulher ou do bebê. No meu primeiro parto, da Flor, minha médica fez a episiotomia em mim, sem nem me consultar, e arruinou minha vida sexual por um ano.

A mulher tem que saber o que está sendo feito com ela.

Outros procedimentos também são desfavoráveis à mulher, como:

- Litotomia: posição em que o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, que é conveniente para o médico mas não ajuda muito na saída do bebê.

- Amniotomia: estourar a bolsa do bebê antecipadamente para antecipar o processo de parto. No meu caso, com o Nino, a bolsa só foi estourar segundos antes dele nascer. A bolsa estourou, e na contração seguinte ele nasceu.

- Clampeamento do cordão umbilical logo em seguida do nascimento do bebê: já há estudos científicos que dizem que, se esperar a pulsação do cordão cessar naturalmente, e só então cortar o cordão umbilical, aumenta o fluxo de sangue que vai para o bebê, aumentando a reserva de ferro.

Muitas mulheres não sabem que esses procedimentos são considerados formas de violência obstétrica, e que muitos deles são feitos de forma desnecessária. Por isso é muito importante falar sobre isso.

Assista ao vídeo para saber mais.

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