Se Deus é bom, por que o mal existe? | Bernardo Küster

A existência do mal no mundo não contradiz a bondade, a onipotência ou a onisciência de Deus. O mal não é uma criação divina, mas a ausência do bem, uma corrupção causada pelo uso inadequado da liberdade angélica e humana. Deus concedeu aos anjos e seres humanos o livre-arbítrio, permitindo-lhes escolher entre o bem e o mal, porque somente assim é possível uma relação autêntica de amor e fidelidade com o Criador.

Permitir o mal não significa que Deus o deseje ou seja indiferente a ele. Na verdade, Deus respeita a liberdade das criaturas, mas é tão poderoso que pode transformar o mal em ocasião para o bem. A encarnação, morte e ressurreição de Cristo são a prova definitiva disso: Deus não apenas se solidariza com a humanidade em seu sofrimento, mas oferece redenção e a promessa de um futuro sem dor.

A fé cristã não nega a realidade do mal, mas oferece esperança, assegurando que Deus triunfará sobre ele. A plenitude do Reino de Deus trará propósito e sentido à existência, mesmo diante do sofrimento. Assim, a bondade, a onipotência e a onisciência de Deus permanecem inabaláveis.

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