Homenagem a Angra, MG, António Moniz Barreto

Описание к видео Homenagem a Angra, MG, António Moniz Barreto

A 27 de julho de 1907 nascia, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário (S. Miguel, Açores) António Moniz Barreto, mais um dos ilustres seres humanos que a Lagoa viu nascer.
Filho de António Moniz Barreto e de Maria da Glória Fragoso, deixou importante legado no campo da música como compositor e como apaixonado pelas lides das bandas filarmónicas, considerando a música em si uma “tão nobre arte”, como tão acostumadamente dizia.
Contudo, o conhecimento surgiu um pouco a partir do seu espírito profundamente autodidata, tendo tirado apenas a terceira classe, já que provinha de uma família humilde, de fracos recursos financeiros. Empenhado em expandir, sozinho, os seus conhecimentos no campo da música e em ganhar alguma tão fundamental experiência, começou logo aos 8 anos a tocar flautim. Com 18, em virtude de haver falta de um regente para a Sociedade Filarmónica Lira do Rosário e a situação económica da mesma não ser também a melhor, foi convidado para a reger, tendo aceitado e efectuado um trabalho deveras meritório e reconhecido por todos, nomeadamente na composição de várias marchas fúnebres, graves e canções, assim como ordinários, fantasias e belíssimas rapsódias.
A banda do "Caiador," como ficou conhecida – já que, quando entrou, logo aos 8 anos, na antiga Fábrica do Álcool, onde trabalhou, assumiu as funções de caiador – chamava muita gente aos arraiais, que não arredava pé até final, demonstrando, assim, todo seu respeito, apreço e simpatia pelo autodidata compositor lagoense e pela banda que tão bem orientava.
Competente para tocar vários instrumentos musicais, António Moniz Barreto foi regente da Sociedade Filarmónica Lira do Rosário, sediada na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, onde esteve durante 43 anos. Já no final da sua vida, regeu a Sociedade Filarmónica Estrela D’Alva, sediada em Santa Cruz, onde permaneceu apenas 3 anos, até à sua morte.
Com um filho, Dorvalino Moniz Barreto – outro excelente músico e conhecidíssimo entre a população lagoense, procurou, durante toda a sua longa vida, incutir o gosto pela música aos seus pares, considerando-a uma verdadeira arte, tamanha era a paixão inata que ardia, e sempre ardeu, dentro de si.
Além de dotado para a música, era também dotado para as relações sociais. Pessoa humilde, falava com toda a gente, acedendo às solicitações das pessoas que lhe pediam para fazer uma música com determinado nome, o que na maior parte das vezes correspondia ao de um familiar próximo.
Após a sua morte, por iniciativa da Câmara Municipal de Lagoa e da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Rosário, foi colocada uma placa na rua onde nasceu, com o seu nome e data nascimento, como forma de profunda gratidão e reconhecimento ao grande maestro compositor popular que foi, sempre prestigiando, durante toda a vida, o concelho onde nasceu, levando-o, na linguagem dos sons, além-fronteiras.
Respeitado e admirado, trabalhou durante muitos anos na antiga Fábrica do Álcool, tendo entrado para a mesma em 1945, como caiador, e trabalhado, mais tarde, como encarregado da cantina, durante cerca de 10 anos, havendo sido, inclusive, o responsável/maestro do Orfeão, Charanga e da orquestra da fábrica, todos formados por funcionários da mesma.
Maestro também da Banda Lira do Espírito Santo da Maia, da Lira do Norte de Rabo de Peixe, da União dos Amigos das Capelas, da Fraternidade Rural de Água de Pau e da Filarmónica Estrela d’ Alva de Santa Cruz, Lagoa, é de sublinhar que quase todas as filarmónicas dos Açores possuem músicas suas, assim como algumas no Canadá e Estados Unidos da América, tendo levado, assim, indubitavelmente, a Lagoa mais longe, não sendo, portando, de estranhar que acabasse por ser homenageado pela Lira do Rosário, pela Estrela D´Alva e pela Associação Musical de Lagoa – esta última tem, aliás, levado a cabo um festival de filarmónicas com o seu nome.
O distinto compositor e maestro popular lagoense – porque pertence, e sempre pertenceu ao povo – faleceu a 14 de outubro de 1978.
DL/JTO
(Artigo publicado na edição impressa de maio de 2017)

Para a elaboração do presente vídeo não tivemos acesso a qualquer manuscrito. A composição chegou até nós na forma de pdf realizado por uma aplicação de edição de músico. Coube-nos a revisão e correcção dos erros mais óbvios de transcrição e a realização do mp3..

Key words
Popular music in Azores, Portugal for wind band, community Band, marching band in the late 19th and early 20th Century. (Música popular em Portugal para orquestra de sopro, banda filarmónica, banda marcial em finais do século 19, princípios do século 20)
banda musicale; духовой оркестр; Orchestre d'harmonie; Blasorchester; Concert band; Wind Band; 吹奏楽: blasorchester; harmonieorkest; Musikkapelle; blaskapelle

Комментарии

Информация по комментариям в разработке