A Filosofia de Edmund Husserl - FENOMENOLOGIA | Prof. Anderson

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Edmund Husserl - Fenomenologia
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Husserl (1859-1938) nasceu em Prossnitz (na Morávia). Estudou matemática em Berlim e laureou-se em 1883 com uma tese sobre o cálculo das variações.
Em Viena, seguiu as aulas de Brentano. Em 1891, publicou a Filosofia da aritmética.
Livre-docente em Halles em 1887, foi nomeado professor de filosofia em Gottingen em 1901. Neste ano apareceram as Pesquisas lógicas. É de 1911 A filosofia como ciência rigorosa; e Ideias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica é de 1913.

As proposições universais e necessárias são condições que tornam possível uma teoria, sendo diferentes das proposições obtidas indutivamente da experiência. Na base desses dois tipos de proposições, Husserl distingue entre intuição de um dado de fato e intuição de uma essência.
Husserl está persuadido de que nosso conhecimento começa com a experiência, ou seja, com a experiência de coisas existentes, de fatos. A experiência nos oferece continuamente dados de fato, os dados de fato com os quais nos vemos às voltas na vida cotidiana, e dos quais a ciência também se ocupa. Um fato é o que acontece aqui e agora; um fato é contingente, podendo ser ou não ser.
Mas, quando um fato (este som, esta cor etc.) se nos apresenta à consciência, juntamente com o fato captamos uma essência (o som, a cor etc.). Nas ocasiões mais díspares, podemos ouvir os sons mais diversos (clarim, violino, piano etc.), mas neles reconhecemos algo de comum, uma essência comum. No fato sempre se capta uma essência. O individual se anuncia para a consciência através do universal.
Quando a consciência capta um fato aqui e agora, ela capta também a essência: esta cor é caso particular da essência "cor", este som é caso particular da essência "som", este ruído é caso particular da essência "ruído" etc.
As essências, portanto, são os modos típicos do aparecer dos fenômenos. E não é que nós abstraiamos as essências da comparação de coisas semelhantes, como queriam os empiristas, uma vez que a semelhança já é essência. Não abstraímos a ideia ou essência de “triângulo” da comparação de muitos triângulos: o que ocorre é que este, esse e aquele são triângulos porque são casos particulares da ideia de triângulo. Este triângulo isóscele desenhado no quadro-negro existe aqui e agora, com estas dimensões e não outras. Esse é um dado de fato particular. Mas nele captamos uma essência.
Para comparar vários fatos, é preciso já ter captado uma essência, isto é, um aspecto pelo qual eles são semelhantes.
O conhecimento das essências é uma intuição. É uma intuição diferente daquela que nos permite captar os fatos particulares. É a ela que Husserl chama intuição eidética ou intuição da essência. Trata-se de conhecimento distinto do conhecimento do fato. Os fatos particulares são casos de essências eidéticas. Essas essências eidéticas, portanto, não são objetos misteriosos ou evanescentes.
É verdade que só os fatos particulares são reais, e que os universais não são reais como os fatos particulares. Os universais, isto é, as essências, são conceitos, ou seja, objetos ideais que, porém, permitem classificar, reconhecer e distinguir os fatos particulares, dos quais a consciência, quando eles se lhe apresentam, reconhece o “aqui e agora”, mas também o “o quê”.
A fenomenologia pretende ser ciência de essências e não de dados de fato. Ela é fenomenologia, ou seja, “ciência dos fenômenos”, mas seu objetivo é o de descrever os modos típicos com os quais os fenômenos se apresentam à consciência. E essas modalidades típicas (pelas quais este som é um som e não uma cor ou um ruído, ou pelas quais este desenho é de um triângulo e não de outra coisa) são precisamente as essências.
A fenomenologia, portanto, é ciência de experiência, não, porém, de dados de fato. Os objetos da fenomenologia são as essências dos dados de fato, são os universais que a consciência intui quando os fenômenos a ela se apresentam. E nisso consiste a redução eidética, isto é, a intuição das essências, quando, na descrição do fenômeno que se apresenta à consciência, sabemos prescindir dos aspectos empíricos e das preocupações que nos ligam a eles.
A distinção entre o fato (que é um isto) e uma essência (que é um “o que”) permite a Husserl justificar a lógica e a matemática.
As proposições lógicas e matemáticas são juízos universais e necessários porque são relações entre essências. E sendo relações entre essências, as proposições lógicas e matemáticas não recorrem a experiência como fundamento de sua validade.

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