David Hume - Empirismo | Prof. Anderson

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David Hume - Empirismo
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Hume é um empirista radical, para ele, não existe conhecimento que não tenha sido adquirido pelos sentidos. Não existem ideias inatas, todas elas vão se formando em nossa mente desde quando nascemos e durante toda a nossa experiência de vida. Na experiência reside a fonte de nosso conhecimento. E como fazer para verificar se o que pensamos saber é falsa ou verdadeira?
Segundo ele, o que existe em nossa mente são percepções, que são de dois tipos:
1 – impressões, que são percepções fortes. Quando queimamos pela primeira vez a ponta do dedo em algo quente, temos a percepção do calor e da dor. Quando isso acontece novamente, não temos mais a percepção, por que ela já está em nossa mente, o que temos é uma impressão, que é o sentir a percepção novamente.
2 - ideias/pensamentos, que são percepções mais fracas. São as lembranças que temos das percepções. Quando lembramos do dedo queimando, temos apenas uma ideia (percepção mais fraca) do que aconteceu, mas não sentimos novamente a dor e o calor. Nossas ideias, portanto, são apenas cópias das impressões.
De posse disso, podemos agora perceber quando uma ideia é verdadeira ou falsa. Somente as verdadeiras tem origem na experiência.
E para saber quais delas se originam na experiência temos que decompor as ideias complexas até chegarmos às simples, se essas tiverem por base a experiência, são verdadeiras, e se da sua união surgir uma ideia complexa que também tem por base a experiência, então, ela também é verdadeira.
Imaginemos um pégaso, ele é um cavalo com asas. Temos a ideia de cavalo unida a ideia de asas. As duas ideias provêm de percepções reais, pois cavalo e asa existem, todos já vimos na realidade. Mas quando essas ideias se juntam, não há qualquer correspondente disso no mundo empírico, real. Portanto, só podemos concluir que pégaso é uma ideia falsa.
Esse processo de decomposição é importante porque nossa mente pode nos enganar com seus truques que a razão não pode controlar. Por isso que um conhecimento, proveniente somente da razão não pode ser confiável, ele deve ter a experiência como base de verificação.
O mesmo processo se aplica a ideia de Deus, e do eu cartesiano. Se Deus existe, nós não podemos conhecê-lo, pois não há essa percepção da realidade. De outra banda, há medida que vamos vivendo vamos adquirindo várias percepções do eu, e cada uma delas diferentes umas das outras. Portanto, não existe essa unidade constante que é uma substância pensante. Isso não passa de invenção da mente.

O hábito, a crença e o fim da causalidade

Quando uma criança solta alguma coisa pela primeira vez, ela não sabe que aquele objeto vai cair. Mas quando ela cresce, de tanto ela soltar coisas, ela aprende que cai.
Newton respondeu que as coisas caem porque existe a gravidade que a atrai para o chão. Mas o próprio Newton não sabia o que era a gravidade, ele nunca a viu, ou tocou nela, e nem sentiu. Você, agora, está sentindo a gravidade? Quando você pula você sente a gravidade lhe puxando para baixo? Não. Você apenas cai. E sabe que vai cair porque sempre experimentou isso, não é?
Ora, não existe uma lei racional chamada gravidade que é a causa de todos os corpos tenderem ao chão. Pensar nisso é apenas um truque da mente, o que existe são percepções disso, nada mais. Por termos o hábito de experimentarmos isso toda vez, acabamos tendo a crença de que isso sempre se repetirá.
Hume diz que não existem causas gerando efeitos, o que há é uma crença, oriunda das experiências habituais, de que toda vez que um evento x acontecer, um evento y também irá acontecer como seu efeito.
Por isso não há um conhecimento certo e universal de que o sol nascerá todos os dias, ou de que a noite sucederá ao dia, ou de que se eu me atirar de um penhasco eu vá cair. Para ele, portanto, não existe esse negócio de leis imutáveis da natureza. Isso é só um truque da mente humana.

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