Este santuário, com nome semelhante a um outro, que já compartilhei aqui em video no canal, o qual ficava em Soutelo, Vieira do Minho, pelo qual também me interrogavam se era este, pertencente a Sernancelhe, Aguiar da Beira, distrito de Viseu. Assim como havia prometido a esses subscritores do canal, Lugares Encantados em Portugal, os quais me perguntavam; ficando a promessa desde então, de trazer também este belíssimo santuário mariano da Lapa, pertencente a Sernancelhe.
Diz-nos a Bíblia, que os humildes herdarão o reino de Deus, e tem sido muito dentro desta crença cristã, que a Igreja católica nos afirma que nossa Senhora também tem preferido os mais humildes para transmitir suas mensagens celestiais, transfigurando sua imagem, a simples pastores, que no momento apascentavam seus rebanhos, como é o caso de Fatima em Portugal, e Lurdes na França. também á semelhança do outro santuário da Lapa, que já publiquei aqui o video.
Neste lugar de Nossa Senhora da Lapa não foi diferente, também aqui de igual forma, uma humilde pastorinha muda, que não conseguia pronunciar qualquer palavra, de nome Joana. No ano de 1493, teria encontrado ali uma velha imagem de Nossa Sra. escondida entre as rochas, por cristãos fugidos aos invasores mouros.
Dentro da Igreja com muitos séculos de história, por de trás do altar, existe ali um penedo enorme, precisamente no local onde teria sido descoberta a imagem, através de uma fenda estreita na rocha nos contam as velhas tradições que os pecadores não conseguem atravessar a dita fenda na rocha; apenas os mais puros de coração sem qualquer macula o conseguem fazer. Confesso que eu devo ser um desses privilegiados, pois já por diversas vezes passei através da fenda.
Analogias á parte, penso que o mais correto seria afirmar que tudo é uma questão de peso; pois os mais gordinhos, ou simplesmente os mais claustrofóbicos não o conseguem fazer; apenas um privilégio que favorece os mais elegantes, e aqueles que não sofrem de claustrofobia.
A HISTÓRIA DA LAPA
A história da Lapa começa em 1493 com o aparecimento da imagem de Nossa Senhora debaixo de uma lapa, escondida naquele local por religiosos que fugiam ao general mouro Al Mansor. A gruta onde a imagem foi descoberta possui uma fenda muito estreia por onde reza a tradição que todos passam, exceto aqueles que tiverem pecado. A lenda tomou proporções nacionais e sem demora, surgiram as primeiras construções naquele local.
Chamava-se Joana a pastorinha muda, de doze anos, que enquanto guardava um pequeno rebanho de ovelhas, avistou, por entre as fendas de um penedo ou lapa, uma imagem de Nossa Senhora. Diz a história que Joana aproximou-se da imagem e, extasiada, permaneceu em oração por largo período de tempo. A pastorinha reparou, então, que as vestes da imagem se encontravam destruídas pela ação do tempo e pela humidade e decidiu erguer, naquele local, um altarzinho. Limpou a imagem, colocou flores em seu redor e não mais deixou de pensar no seu “tesouro”. No dia seguinte, Joana levou a imagem para casa na cestinha onde a mãe lhe enviava o farnel. A mãe, que não apreciava o facto de Joana perder tempo a fazer vestidinhos para a “boneca”, atirou-a ao lume. Desesperada, Joana, muda de nascença, gritou para a mãe: “Tá! Minha mãe! É Nossa Senhora da Lapa! Ai! Que fez?!”. Diz a lenda que a imagem não se queimou, mas nesse preciso momento a mãe ficou com o braço paralisado. Arrependida do ato que acabara de cometer rezou com Joana e tudo voltou à normalidade. O pároco, conhecedor da história, pediu que a imagem fosse colocada na Igreja Matriz, para não ficar naquele ermo, só que a imagem desaparecia de lá e aparecia na gruta onde Joana a havia descoberto. Era lá que ela queria ser venerada, dizem.
Alguns anos mais tarde, e já sob a orientação dos jesuítas, foi construída a atual Igreja, que ficaria concluída no ano de 1635, no exato local onde a Pastorinha Joana descobriu a imagem de Nossa Senhora.
O Colégio, onde gente tão ilustre como o escritor Aquilino Ribeiro ingressou em 1895 para estudar gramática, latim, lógica e moral, começou a ser construído em finais do século XVI e é uma das obras maiores dos Jesuítas na Lapa, funcionando hoje como pousada do Santuário.
São de salientar tesouros sem conta, oferecidos, até por reis e rainhas, e a cenografia dos altares da Crucificação e da Morte de São José.
A preponderância da Lapa foi reconhecida também pela coroa que, em 1740 lhe conferiria o estatuto de Vila, que manteria durante 145 anos.
A Lapa é hoje Aldeia de Portugal.
Existem três grandes momentos de peregrinação à Sra. Da Lapa: a 10 de junho, a 15 de agosto e no primeiro domingo de setembro. Estas peregrinações são precedidas de novenas, que funcionam como retiro aberto e são muito concorridas.
A Lapa é rica em sabores gastronómicos, como o pão, o queijo, e o mel, são alimentos seculares daquele lugar, que chegaram até aos nossos dias como manjares de grande requinte e símbolos da identidade da Lapa.
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