Novo tratamento para DMRI - Fim das injeções intravítreas de antiangiogênico?

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Será que em breve vamos conseguir reduzir a necessidade de tantas injeções intravítreas?
No vídeo de hoje, o Dr. Mário Bulla, médico oftalmologista, especialista em retina, vai comentar sobre um artigo muito interessante que saiu agora em setembro de 2021 na revista phthalmology, este artigo trata de uma nova modalidade de tratar a degeneração macular exsudativa
que consiste em não mais realizar injeções quase todos os meses de
antiangiogênico, mas sim colocar um pequeno implante dentro do olho que pode ser
recarregado a cada seis meses com a medicação. Se você tem a degeneração
macular exsudativa, ou se você conhece alguém que têm esta doença, já deve ter
percebido que existe a necessidade de fazer um grande número de injeções ao
longo do tempo, eu já falei em outros vídeos sobre esta doença mas para
resumir, a DMRI, ou degeneração macular relacionada à idade, pode ocorrer na
forma exsudativa também chamada de úmida ou então na forma seca, é uma doença
muito comum na terceira idade e é considerada uma das principais causas de
perda irreversível da visão e ela é caracterizada por uma perda, pela
formação de uma mancha na parte central do nosso campo visual. A forma seca
consiste basicamente na morte celular, na degeneração progressiva das camadas
externas da retina, do epitélio pigmentar, dos fotorreceptores, que vão levando a uma
perda lenta e progressiva da visão, já quando a doença assume a forma exsudativa,
ela torna-se muito mais rápida porque devido a esta degeneração acaba se
formando uma pequena circulação anormal abaixo da retina e essa circulação
alterada deixa sobrar muito líquido e às vezes até sangue junto à retina e isto
deteriora de uma forma muito rápida a visão intravítreas de antiangiogênico, o antiangiogênico
é uma medicação bastanteespecífica que vai se ligar neste vaso anormal que está se formando e causar a sua regressão e com a regressão desta membrana neovascular nós conseguimos a
melhora, eu já expliquei em outro vídeo também quais são os principais
protocolos de tratamento, mas geralmente nós começamos realizando as injeções de
forma mensal e aos poucos vamos reduzir nessa frequência, mas dificilmente o
paciente consegue chegar a se livrar completamente das injeções a longo prazo.
Então, neste artigo que saiu recentemente na revista Ophthalmology é falado sobre um
sistema de implante dentro do olho onde é colocado um pequeno compartimento junto à pars
plana que é mais ou menos na mesma localização onde é feita a injeção intravítrea
e este pequeno compartimento pode ser recarregado com a medicação a
cada seis meses ou seja o paciente não vai mais precisar fazer todo mês ou a
cada dois três meses a injeção, mas sim ele vai fazer a recarga deste
compartimento a cada meio ano e esse estudo foi muito interessante porque ele
comparou o resultado da visão dos pacientes que estavam fazendo a injeção de
lucentis todos os meses e os pacientes que estavam fazendo apenas a recarga a
cada meio ano e os pacientes desses dois grupos foram acompanhados ao longo de 40
semanas e foi visto que tanto um grupo quanto outro mantiveram uma qualidade de
visão comparável, ou seja, ocorreu praticamente o mesmo resultado fazendo
injeção todos os meses de Lucentis ou então recarregando este dispositivo a
cada meio ano. Por outro lado, é importante ressaltar que para colocar este
dispositivo dentro do olho é necessário fazer uma cirurgia onde é realizado um
pequeno corte na esclera que é a parte branca do olho e é colocado o
dispositivo ali dentro e é recoberto pela conjuntiva que é a parte mais
superficial em cima da parte branca do olho e isto além de necessitar uma
cirurgia, acabou trazendo alguns efeitos adversos que são extremamente raros nas
injeções intravítreas, mas que não foram tão raros nos pacientes que colocaram
este implante, dentre eles é muito importante destacar que houve endoftalmite
ou seja uma grave infecção dentro do olho em 1,6 por cento dos
pacientes e isso muitas vezes pode levar até a uma perda completa da visão, para
vocês terem uma ideia, isto nas injeções intravítreas acontecem muito
menos do que uma em cada mil injeções. As injeções atualmente utilizadas são Lucentis, Avastin, Eylia e Vsiqq. Canal retina e vítreo.

Este vídeo bem como seus comentários não substituem a consulta médica e tem apenas finalidade educativa, não devendo ser utilizados para tomada de decisões, sendo necessária para isto a consulta presencial com o médico especialista.

Autor:
Dr. Mário César Bulla
Cremers 28120
Médico Oftalmologista - Especialista em Retina
www.clinicabulla.com.br
www.especialistaemretina.com.br
Instagram: @retina.bulla

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