Scania T-113H - História

O Scania 113, com cabine T, recuada clássica, seria o modelo mais vendido da série 3, um dos caminhões mais clássicos e icônicos na história do transporte brasileiro.
Desde 1953 a Scania construiu caminhões no Brasil, começando pelo L-71, 75 e 76, e em seguida suas várias séries bem sucedidas, em 1968 com a que ficaria conhecida como série Zero, surgindo o primeiro clássico Scania 110, começando o legado de um robusto motor seis cilindros em linha a Diesel, 11 litros, esse motor juntamente com número 11, passava a integrar os modelos seguintes da caminhões e chassis para ônibus da marca, acrescido da série correspondente, assim surgiram vários outros clássicos como o 111 em 1976, 112 em 1981, e a 113 em 1991
Antes de renovar os caminhões, a Scania começou a lançar ainda em 90 os chassis para ônibus, L 113 e K 113, más em 1991, ano do centenário da marca, toda a linha de caminhões foi atualizada, dando origem à Série 3, compostas pelos T e R 113, e também o famoso V8, 143, tema de outro vídeo, os caminhões recebiam da geração anterior o motor atualizado, que abandonava nessa nova geração o uso do motor aspirado. O seis cilindros recebeu muitas melhorias, novos kites, bicos e bomba, por exemplo, aumentando levemente sua performance e torque, em versão turbinado, sem intercooler passava a ser o modelo de entrada com 136KGFM a 1100RPM e 310CV a 2000RPM, e a versão dotada de intercooler tinha duas calibrações de potência, a primeira gerava 144KGFM a 1100RPM e 320CV a 2000RPM e a segunda opção gerava 162KGFM a 1050RPM e 363CV a 2000RPM, más posteriormente teria o torque elevado para 166,3KGFM.
O T-113 4x2 360 seria a versão mais vendida da época, a concorrência ficava por conta de Volvo série NL lançado em 89, e a Mercedes-Benz 1935 lançada em 90, já as outras marcas, possuíam modelos menos potentes, a Ford o C-3530 de 1990, e a VW o 35-300 em 91.
As cabines recebiam também suspensão, trazida da série 2, que por sua eram os primeiros caminhões no país a estrear a suspensão de cabine, a Scania se destacaria pelo espaço interno, ajustes na coluna de direção, e amplo parabrisa, contribuindo para conforto e ergonomia.
A Scania 113 inicialmente utilizava o câmbio de 10 marchas, com transferência de caixa, posteriormente recebeu o câmbio de 8 marchas, com opção de super reduzida crawler, e por último, 6 marchas com reduzidas e super reduzida crawler, cambio que passaria para a próxima geração nos modelos 124.
No último trimestre de 1993 a “globalização” alcançou a Scania brasileira, em um processo de reforma organizacional e reestruturação fabril da marca, e 3 anos depois do lançamento da série 3, foi apresentado o “Novo Scania 1994“, que ganhou nova grade e para-choque envolvente (opcional) com faróis auxiliares, e no interior, recebeu painel de instrumentos envolvente, coluna de direção ajustável, vidro direito elétrico, ar condicionado opcional, isolamento acústico com fibras naturais, sistemas de ventilação e desembaçamento revistos e novos acabamentos; o sistema de suspensão a ar para cabine-leito também foi disponibilizado para a Linha T. Quanto às especificações mecânicas, apenas novas relações no diferencial e ABS e freio retarder opcionais, e por fim, a maior novidade, para consagrar de uma vez por todas o Scania 113, veio a cabine topline, a mais luxuosa do período, que tinha 22,5 cm a mais de altura em relação a cabine tamanho convencional.
No Brasil a série 3 perdurou até 1998, quando foi apresentada a Série 4, que trazia novas cabines desenhadas pelo estúdio Bertone, motor DSC12, e novos recursos, tais como injeção eletrônica e suspensão pneumática para o eixo traseiro.
O T113 H 4x2 360, foi o principal modelo da série 3, apenas ele foi responsável por cerca de 19 mil das 36 mil vendas da série, (19.974 de 36.340)
O Scania 440, após muitos anos de encerramento do clássico 113 em 1998, se tornaria o modelo mais vendido da Scania, em homenagem ao clássico 113, sempre lembrado como um dos caminhões mais emblemáticos da história do transporte no Brasil, em 2017, ao completar 60 anos no Brasil, a Scania lançou uma edição especial composta pelos R440 R480 denominados 113, com a emblemática cor azul celeste e faixas laterais roxa cinza e lilás.
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