Brasil deve reduzir tributação sobre salários e redistribuir recursos com eficiência I Pedro Nery

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Enxergar o País sob a ótica do copo meio cheio ou meio vazio? Essa é a reflexão de Pedro Nery, economista e consultor legislativo do Senado Federal, que explora as diferentes perspectivas sobre os desafios e as oportunidades nacionais.

Na avaliação dele, a Constituição de 1988 deu condições para que o Brasil vivesse um período de avanços relevantes, principalmente nas áreas da Saúde e da Educação. Por outro lado, o País ainda não conseguiu superar as profundas disparidades entre as classes sociais.

O consultor defende que as conquistas das últimas décadas ainda nos permitem enxergar o futuro com um “otimismo realista”, mas é preciso buscar mais eficiência em políticas tributárias e administrativas — agendas intrínsecas ao combate às desigualdades sociais.

A conversa com Pedro Nery é uma produção da Revista Problemas Brasileiros e do Canal UM BRASIL — ambas realizações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

E o que mais você vai encontrar nessa entrevista?

0:00 — Abertura

1:13 - Pedro, seu livro surgiu da sensação de "síndrome do impostor" e da necessidade de conhecer o Brasil de perto. O que você descobriu nessa jornada?

4:57 - O que funcionou nas políticas de combate às desigualdades no Brasil e o que ainda precisa ser feito?

10:01 - Sobre as reformas, focando na reforma administrativa: qual é a principal questão que ainda precisa ser abordada para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelo Estado?

14:05 - Sobre a sua afirmação de que não estamos condenados a concentrar renda, como as escolhas sociais, como a tributação do capital, afetam a qualidade de vida e a desigualdade? Comparado a outros países, como México e Chile, quais foram os métodos mais eficazes para reduzir essas desigualdades?

16:36 - A literatura em Ciência Política, por um tempo, sugeriu que democracias seriam mais eficazes na redução das desigualdades, especialmente sob governos progressistas. No entanto, com o crescimento das desigualdades globalmente, essas ideias foram questionadas. Por que combater desigualdades é importante para um país democrático como o Brasil?

20:31 - Seu livro sugere que ele não é tão eficaz na correção das desigualdades. Por que o Bolsa Família é importante e ainda necessário no Brasil, mesmo com essas limitações?

26:21 - Você menciona que a infância é uma corrida em direção ao futuro. Como estamos nessa corrida, especialmente no que diz respeito à redução das desigualdades a longo prazo, começando pela primeira infância?

29:19 - Como o Brasil, com sua riqueza natural e desafios de desigualdade, pode responder ao processo de descarbonização e adaptar-se às novas demandas de emprego, especialmente intensivos em tecnologia? E como podemos usar a agenda verde para combater, em vez de perpetuar, desigualdades? Que exemplos internacionais podem ser adotados?