Chikungunya pode causar dor nas articulações?

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A febre Chikungunya é uma virose transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue e da Zika. Após a infecção pelo vírus, a doença pode evoluir em três fases:

Na fase aguda, que dura de 7 a 14 dias, quase 100% dos pacientes são sintomáticos. Eles apresentam febre de início súbito e artralgia ou artrite, que é a inflamação de fato, em várias articulações e de forma simétrica. Mãos, punhos, tornozelos e pés são os locais mais comuns e a dor pode ser incapacitante. Nessa fase, também pode haver náusea, mal estar, diarreia, dor retro orbital, dor de cabeça e lesões de pele.

A fase subaguda, de 15 dias a 3 meses, ocorre em 50% dos pacientes. Nesse momento, há uma prevalência dos sintomas articulares: além da artrite e ou artralgia, o paciente pode ter bursites, tenossinovites e rigidez matinal. Esse quadro pode ser contínuo ou intermitente.

Por fim, uma parcela menor de pacientes pode evoluir para a fase crônica da doença, caracterizada por sintomas após 3 meses da infecção. O quadro pode adquirir um curso persistente ou redicivante, ou seja, que vai e volta, e inclui a presença de dores articulares de intensidade variável, principalmente nas mãos, punhos, tornozelos e joelhos, geralmente em associação com rigidez matinal e edema nas articulações.
E um detalhe é importante: mesmo aqueles pacientes que evoluem com melhora significativa dos sintomas podem voltar a apresentá-los em mais de 70% dos casos.

O diagnóstico da Chikungunya é clínico. Aqui no Brasil, é considerado caso suspeito da doença o paciente que apresenta início abrupto de febre superior à 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa, de início agudo, que não possa ser explicada por outras condições clínicas, principalmente se esse paciente é de uma área com muitos casos. A sorologia para Chikungunya pode contribuir.

O tratamento vai depender da fase em que a doença se encontra e da gravidade dos sintomas.
Na fase aguda, sugere-se o uso de analgésicos comuns ou opioides fracos. Deve-se evitar anti-inflamatórios ou corticoides nesse momento.
Na subaguda, além dos analgésicos, prescrevemos anti-inflamatórios e glicocorticoides, como a prednisona, principalmente nos pacientes com mais inflamação. A hidroxicloroquina também pode ser considerada.
Já na fase crônica, se há dificuldade do controle dos sintomas, podemos associar metotrexato ou sulfassalazina para melhora da inflamação articular, principalmente se há dificuldade em reduzir ou suspender o corticoide.
Lembrando: a fisioterapia é importante em todas as fases da doença!

Finalizando o vídeo de hoje, ficam algumas mensagens: até 30% dos pacientes com Chikungunya podem evoluir para a forma crônica da doença. Os sintomas podem ser intensos e até mesmo, incapacitantes. Por isso, consultar-se com o reumatologista o quanto antes é importante para se diagnosticar e tratar de maneira eficaz.


Quem sou eu:
Médica formada pela Faculdade de Ciências Médicas de MG – CRM-MG 71401
Especialista em Clínica Médica HGIP/IPSEMG – RQE 46817
Especialista em Reumatologia pela Santa Casa BH – RQE 50241
Título de Especialista em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia
Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Reumatologia – biênio 2021/2022
Preceptora da Residência de Reumatologia Santa Casa de BH
Reumatologista do Corpo Clínico do Hospital Madre Teresa
Membro da equipe de pronto atendimento do hospital IPSEMG
Professora do Internato de Reumatologia da Faculdade de Medicina - FASEH

Site: https://portaldareumatologia.com.br/
Instagram:   / marcella.reumatologista  
WhatsApp para consultas: (31) 99893-2946

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