Mensurando a percepção musical na infância: Evidências do Fator-M

Conversas Neuromusicais
Ciclo de palestras cujo objetivo é divulgar o conhecimento e estimular o debate em áreas de interseção entre psicologia, neurociência e música.

Palestra realizada no dia 12/03/2018 no auditório 5, bloco Beta - Campus São Bernardo do Campo da Universidade Federal do ABC.

Mensurando a percepção musical na infância: Evidências do Fator-M
Hugo Cogo Moreira - UNIFESP

Sobre a Palestra: Sabe-se que a percepção musical (uma habilidade não-verbal) está intimamente relacionada com habilidades verbais, como por exemplo, habilidades de leitura e consciência fonológica. Porém, a maioria dos testes disponíveis para a avaliação de percepção musical não apresenta evidências formais de validade de constructo e análise psicométrica de seus itens; dessa forma não sabemos quais são os limites de informação que os resultados gerados por esse teste são precisos, confiáveis e acurados. Na área de avaliação de percepção musical na infância, inexistem testes com tais avaliações psicométricas principalmente advindas de amostras robustas – inclusive, muito habitualmente, se usam testes criados para a população de adultos na população infantil mesmo sem evidências se são adequados para essa população mais jovem. Tal situação motivou o desenvolvimento de um teste de percepção musical em crianças do ciclo I (6 a 11 anos) que pudesse servir, em curto prazo, como um marcador bio-acústico universal, por ser tratar de uma avaliação de habilidades não verbais, para possíveis problemas de aprendizagem na infância.

Hugo Cogo Moreira é Bacharel em Música pela UNESP (2006), doutor em ciências pela Escola Paulista de Medicina (Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica) em 2012 obtendo o prêmio CAPES de Tese na Medicina II em 2013. Tem como interesse a aplicação da modelagem de equações estruturais em diferentes contextos e desenhos epidemiológicos em particular em dados envolvendo o desenvolvimento infantil seja para a análise da efetividade de intervenções precoces (por exemplo, efeitos do aprendizado musical no desenvolvimento infantil) seja na criação e validação de instrumentos, baterias e escalas (por exemplo, a avaliação a percepção musical em crianças do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental [Projeto FAPESP processo 2014/06662-8]). Desde março de 2014, atua como orientador do corpo permanente da Pós-graduação da UNIFESP (Departamento de Psiquiatria), orientando e ministrando disciplinas com enfase em modelagem de equações estruturais aplicada sendo coordenador do LIP (Laboratório de Inovações em Psicometria). Na área de psicometria, atua diretamente e tem parceria com o Centre for Longitudinal Studies criando indicadores de trajetória de desenvolvimento da infância até a adolescência em duas das principais coortes inglesas, a saber: 1970 British Cohort Study e a 1958 National Child Development Study. Ainda, conduz e tem experiência em delineamento e análise de diferentes estudos epidemiológicos na área da saúde mental, com enfoque principal em ensaios randomizados com amostragem complexa (multíniveis) típicos da área da educação.

Coordenação: Patrícia Vanzella

Edição e Vinheta: Guilherme Delmolin

Mais Informações acesse:

https://neuromusica.pesquisa.ufabc.ed...

  / neuromusicaufabc