Doença do Sono (Tripanossomíase Africana) | Trypanosoma brucei | Mosca Tsé Tsé (Glossina)

Aula Sobre a Doença do Sono, ou Tripanossomíase Humana Africana, doença causada pelo Trypanosoma brucei e transmitida pela picada da Mosca tsé-tsé (Glossina). Aula 11 do Curso de #Parasitologia Humana Básica e Clínica do IBAP Cursos.
Conteúdo da Aula
• Introdução
• Doença causada por subespécies do Trypanosoma brucei → exclusivamente africana
• Transmissão dependente dos insetos do Gênero Glossina (moscas Tsé-Tsé)
• Importante problema de saúde pública na região → 300-500 mil casos/ano
• Se não tratada tende a ser fatal → 100 mil óbitos/ano
• Subespécies: T. brucei gambiense; T. brucei rhodesiense; T. brucei brucei; T. brucei evansi; T. brucei equiperdum → morfologicamente indistinguíveis
• Possui formas longas/delgadas ou curtas/grossas e intermediárias dependendo da fase do ciclo e parasito
• Ciclo Biológico da Doença do Sono
• Ao sugar o sangue o inseto infectado do Gênero Glossina (mosca Tsé-Tsé) injeta tripomastigotas metacíclicos na pele do hospedeiro; Parasitas entram no sistema linfático e passam para a corrente sanguínea
• Na corrente sanguínea eles se transformam em tripomastigotas
• São levados a outros locais do corpo (linfa, LCR) e se replicam por fissão binária
• 4-5) Mosca ingere sangue infectado por tripomastigotas
• 6-7) Dentro do intestino da mosca os parasitas transformam-se em tripomastigotas procíclicos e multiplicam-se por fissão binária, e se transformam em epimastigotas
• 8) Epimastigotas atingem as glândulas salivares da mosca e continuam a multiplicação; Ciclo leva 3 semanas
• Infectividade e Resistência do Trypanosoma brucei
• Picada inocula parasitas → ficam confinados em nódulo inflamatório 9 dias, depois vão para a circulação
• Tripanossomos multiplicam-se exponencialmente e depois desaparecem → ação do sistema imune (IgG)
• Produzem flagelados com novos antígenos resistentes à ação dos anticorpos
• Patologia e Sintomas da Doença do Sono
• Tripanossomos com afinidade pelo tecido conjuntivo
• Consomem muita glicose
• Reações de hipersensibilidade imunológica
• Desenvolvimento de edema no local de inoculação
• Estádios iniciais: anemia hemolítica, agregação de plaquetas nos
• Períodos tardios
• Anemia agravada
• Hipertrofia dos linfonodos, baço e fígado, edemas e ascite
• Distúrbios cardiovasculares, endócrinos, musculares e hepáticos, renais e outros órgãos e sistemas
• Meningoencefalite e necrose no SNC
• Imunodepressão
• Fases da Doença do Sono
• Fase linfático-sanguínea
• Inflamação pruriginosa
• Invasão de vasos sanguíneos e linfáticos
• Acessos febris, adenopatia
• Aumento do baço
• Imunodepressão
• Fase meningoencefálica
• Parasitos no LCR
• Lesões graves no SNC
• Desmielinização
• Meningoencefalite
• Lesões em baço, gânglios, coração, pulmões etc.
• Vasculite
• Diagnóstico da Doença do Sono
• Necessário diagnóstico laboratorial  tratamento depende da subespécie
• Métodos parasitológicos  Exame de sangue, LCR, punção ganglionar
• Métodos imunológicos  Aglutinação em Cartão, Hemaglutinação em Tubo Capilar, IFI, ELISA etc.
• Morfologia do Trypanosoma brucei
• Tratamento da Doença do Sono
• Pacientes hospitalizados por 1 mês
• Drogas tripanocidas com relativa toxicidade
• Tratar outras doenças previamente
• Drogas: pentamidina (estágios iniciais), suramina (mais ativa), melarsoprol (segunda fase), efloritina, nifurtimox (casos refratários)
• Vetores e Transmissão da Doença do Sono
• Doença essencialmente rural
• Glossina (mosca tsé-tsé)  põem larvas
• Vetores necessitam de sombra, umidade, temperatura não muito elevada
• Prevenção e Controle da Tripanossomíase Humana Africana
• Distanciamento dos criadouros e locais de repouso das glossinas
• Instalação de fontes adequadas de água  distanciamento de rios, lagoas etc.
• Identificar focos residuais da doença  tratar
• Combater o vetor  inseticidas (efeito imediato e residual)
Prof. Dr. Victor Proença
@ibapcursos
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