Quando nascemos nosso destino já está esboçado

É evidente que quando nascemos nosso destino está esboçado. Nossa genética e as condições sociais em que nascemos determinam, em grande medida, o que será de nós. Basta observar a sociedade. Apenas não precisamos acreditar que isso se deva a condições provocadas por nós mesmos em existências passadas.
Todos os dias nós vemos se cumprir o velho ditado que diz que o rico fica cada vez mais rico e o pobre fica cada vez mais pobre. O filho do rico terá todas as condições para vencer na vida e o filho do pobre, se tiver algum incentivo, terá que lutar muito para conquistar um lugar ao Sol. Isso todo mundo sabe.
Os exemplos de pessoas que fogem a essas regras são tão raros que, quando surge alguma que se destaca por fugir à regra, logo chama a atenção. Eu citei o exemplo da riqueza e pobreza material, mas isso vale para todas as áreas. Deixando a questão genética de lado: quem nasce num meio que incentive a cultura, com pais atentos, bons professores e boas companhias, tende a desenvolver a cultura. Quem é criado cheio de confiança, acostumado a ver tudo dar certo em sua vida, tende a ser mais corajoso, destemido, empreendedor, enfim, confiante. E assim por diante.
Como podemos afirmar que uma criança que nasce em péssimas condições sociais e materiais, de uma família desestruturada (quando se tem uma família), em meio a péssimos exemplos, que a vida lhe oferece inúmeras possibilidades? Podemos afirmar isso? Podemos, é claro. Isso poderá servir de incentivo. Mas essas possibilidades serão muito menores do que no caso de alguém bem nascido e bem criado.