A Filosofia da Ciência de Karl Popper | Prof. Anderson

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Karl Popper - A Lógica da Pesquisa Científica
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Karl Popper, nascido em Viena em 1902, faleceu na Inglaterra em 1994. Na capital austríaca estudou filosofia, matemática e física.
Em 1928, formou-se em filosofia e em 1929, habilitou-se para o ensino de matemática e da física nas escolas de Ensino Médio. Suas principais obras são:
1 - Lógica da descoberta científica (1935);
2 - A miséria do historicismo (1944-1945);
3 - A sociedade aberta e seus inimigos (1945);
São notáveis e sempre perspicazes suas contribuições em múltiplos anais de seminários e simpósios. Membro da Royal Society, foi feito Sir em 1965. Professor visitante em muitas universidades estrangeiras, suas obras foram traduzidas em mais de vinte línguas.
A pesquisa inicia pelos problemas. Para resolver os problemas, é preciso elaborar hipóteses como tentativas de solução.
Uma vez propostas, as hipóteses devem ser provadas. E essa prova se dá extraindo-se consequências das hipóteses e vendo se tais consequências se confirmam ou não. Se elas ocorrem, dizemos que, no momento, as hipóteses estão confirmadas. Se, ao contrário, pelo menos uma consequência não ocorre, então dizemos que a hipótese é falsificada.
Por aí se pode ver que, para ser provada de fato, uma teoria deve ser provável ou verificável em princípio. Em outras palavras, deve ser falsificável, ou seja, deve ser tal que dela sejam extraíveis consequências que possam ser refutadas, isto é, falsificadas pelos fatos.
Com efeito, se não for possível extrair de uma teoria consequências passíveis de verificação factual, ela não é científica. Entretanto, deve-se observar aqui que uma hipótese metafísica de hoje pode se tornar científica amanhã (como foi o caso da antiga teoria atomista, metafísica nos tempos de Demócrito e cientifica na época de Fermi).
Nessa extração de consequências da teoria sob controle e no seu confronto com as assertivas de base (ou protocolos) que, pelo que sabemos, descrevem os “fatos”, consiste o método dedutivo dos controles. Controles que, numa perspectiva lógica, nunca encontrarão um fim, já que, por mais confirmações que uma teoria possa ter obtido, ela nunca será certa, pois o próximo controle poderá desmenti-la. Esse fato lógico se coaduna com a história da ciência, onde vemos teorias, que resistiram durante décadas, e depois acabarem por desmoronar sob o peso dos fatos contrários.
Na realidade, existe uma assimetria lógica entre verificação e falsificação: bilhões e bilhões de confirmações não tornam certa uma teoria (como, por exemplo, a de que “todos os pedaços de madeira boiam na água”), ao passo que apenas um fato negativo (“este pedaço de ébano não boia na água”) falseia a teoria, do ponto de vista lógico. É com base nessa assimetria que Karl Popper fixa a ordem metodológica da falsificação; como uma teoria permanece sempre desmentível, por mais confirmada que esteja, então é necessário tentar falsificá-la, porque, quanto antes se encontrar um erro, mais cedo poderemos eliminá-lo, com a formulação e a experimentação de uma teoria melhor do que a anterior. Desse modo, a epistemologia de Karl Popper reflete a força do erro. Como dizia Oscar Wilde, “experiência é o nome que cada um de nós dá aos seus próprios erros”.
Por tudo isso pode-se compreender muito bem a centralidade da ideia de falsificabilidade na epistemologia de Karl Popper: “Não exigirei de um sistema científico que seja capaz de ser escolhido, em sentido positivo, de uma vez por todas, mas exigirei que sua forma lógica seja tal que ele possa ser posto em evidência, por meio de verificações empíricas, em sentido negativo: um sistema empírico deve poder ser refutado pela experiência”.
Pode-se ver a adequação desse critério quando pensamos nos sistemas metafísicos, sempre verificáveis (qual fato não confirma uma das tantas filosofias da história?) e nunca desmentíveis (qual fato poderia desmentir uma filosofia da história ou uma visão religiosa do mundo?)

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