Se o meu quadro de distribuição não tem mais espaço e eu preciso ligar mais um circuito, será que posso derivar cabos direto do barramento e usar uma caixa de proteção? O que a NBR5410 fala sobre isso? O canal Eletricity responde, na teoria e na prática.
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Segundo a NBR5410 um dispositivo de proteção sempre deve ser instalado em todos os pontos onde uma mudança na seção, maneira de instalar, natureza ou a constituição física resulte em redução da capacidade de condução de corrente de condutores.
Um exemplo claro disso é um QDC com barramento de derivação que suporta 63A e um circuito que será derivado dele com um condutor de 2,5mm². Neste ponto temos uma mudança de seção, constituição física e redução da capacidade de condução de corrente, então precisamos de um dispositivo de proteção, como um disjuntor, por exemplo.
Acontece que a mesma NBR5410 informa em 5.3.4.2.2 e 5.3.5.2.2 que este dispositivo não precisa ser posicionado exatamente neste ponto, mas ao longo do percurso da linha entre o ponto de derivação e a carga desde que não seja instalada nenhuma tomada de corrente neste trecho ou que sejam atendidas pelo menos uma das condições propostas.
Vamos então imaginar que nosso quadro não tem mais espaço e eu queira utilizar uma caixa de proteção da TRAMONTINA perto da carga:
Basicamente a Norma diz que você pode usar o disjuntor que protege o circuito fora do QDC, mais próximo da carga e derivar a alimentação do barramento, desde não ultrapasse 3 m de comprimento e a instalação seja realizada de modo a reduzir ao máximo o risco de um curto-circuito (por exemplo, com uma proteção reforçada) e não estiver situada nas proximidades de materiais combustíveis.
Apesar de parecer simples, nem sempre é possível atender, pois 3m é uma distância muito curta e pode ser que não seja possível uma proteção reforçada. Eu posso, por exemplo, realizar a infraestrutura com canaletas que também não atendem a esta condição.
A outra opção seria garantir a proteção contra curto circuito neste trecho, ou seja, caso ocorra um curto circuito na alimentação do disjuntor dentro da caixa, o disjuntor geral deve interromper a alimentação antes que o trecho de cabo seja prejudicado. Se isso não for respeitado, o cabo será danificado antes que o disjuntor atue.
Se a proteção contra curto circuito do trecho é garantida, temos a atuação do disjuntor e os cabos permanecem com suas características preservadas.
Porém se o disjuntor geral demorar muito para atuar, ele não consegue proteger este trecho do circuito, ou seja, o disjuntor deixa passar muito mais energia do que os cabos suportam.
A melhor opção de uso para as caixas TRAMONTINA seria refinar a proteção de equipamentos. Por exemplo, tenho um circuito com cabos 2,5mm² e disjuntor de 16A que alimenta um ar condicionado de 7500BTU 950W com corrente de 7,5A. Posso usar uma caixa como essa com tomada e colocar um disjuntor de 10A, assim meu disjuntor de 16A protege o cabo e meu disjuntor de 10A protege a carga, possibilitando inclusive o desligamento do ar condicionado ou qualquer outro equipamento através do disjuntor.
Na caixa é possível utilizar um disjuntor monopolar e retirando o pré-corte, um modelo bipolar ou dois unipolares.
Outra aplicação interessante seria para o uso de transformadores, muito comum também em instalações de ar condicionado. Ter um disjuntor em uma caixa perto da tomada me dá a opção de desligar o transformador quando o equipamento não estiver sendo utilizado. Podemos inclusive proteger melhor o próprio transformador.
A TRAMONTINA conta com modelos de caixas de proteção com tomada 2P+T 20A branca ou vermelha, ou ainda sem tomadas. Em todas elas é possível utilizar eletroduto de ½”, canaleta ou prensa cabos para o cabeamento, podendo a caixa ficar fixa na parede ou apenas no cabo, como neste caso em que usamos para proteger nossas maletas de teste.
A tampa se encaixa com um clique e podem ser utilizados lacres de segurança.
Para saber mais sobre os produtos TRAMONTINA apresentados neste vídeo, basta acessar um link que eu deixei no início desta descrição.
Até a próxima!
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