ONDE POSSO USAR UM IDR DE 300mA?

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Se uma corrente de 30mA já é perigosa para o ser humano, dependendo do tempo, então, para que serve um IDR de 300mA? Será que posso utilizar em minhas instalações? Neste vídeo vamos responder a todas essas perguntas na teoria e na prática. Se prepare para uma super aula sobre proteção contra choques elétricos. Então se liga!

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Já falamos aqui no canal que um IDR não pode atuar até 50% do seu valor nominal, pode atuar de 50% até o valor nominal e deve atuar de 100% até valores acima em tempos muito curtos.

Essa regra também vale para um IDR de 300mA que só pode atuar a partir de 150mA.
Se analisarmos essa tabela, podemos ver que correntes maiores do que 100mA podem causar parada cardíaca. Se verificarmos o valor nominal do IDR, 300mA já passamos para queimaduras graves, necrose e morte instantânea.

No vídeo fizemos um teste onde instalamos um IDR de 30mA para proteção do circuito e usamos nosso simulador de resistência do corpo humano. Temos a indicação de circulação de corrente com o LED apagando, mas o IDR do circuito atuou, impedindo o choque por um tempo muito longo.

Com o IDR de 300mA, apenas o nosso dispositivo de simulação atuou o que indica que houve um choque elétrico fatal.

Então para que serve um IDR de 300mA?

Existem duas maneiras de proteger alguém contra choques elétricos. Isso pode ser feito antes que alguém sofra um choque ou exatamente no momento em que sofrer.
Eu explico. Mas antes vamos recapitular o que já mostramos várias vezes aqui no canal sobre o item 5.1.2.2.4 Seccionamento automático da alimentação na NBR5410. Neste item a norma diz que um dispositivo de proteção deve desligar automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido sempre que uma falta (entre parte viva e massa ou entre parte viva e condutor de proteção) no circuito ou equipamento der origem a uma tensão de contato superior ao valor da tensão de contato limite UL.

Vamos relembrar também o que já falamos sobre aterramentos TT e TN. Eu deixei alguns cards de vídeos na tela.
Basicamente no esquema TN temos neutro e terra conectados ao BEP e no TT esta ligação não existe.
Vamos imaginar agora que uma fase entrou em contato com uma carcaça aterrada. Se o esquema for TN, a corrente de falta será muito alta, pois ela também é um curto circuito devido à conexão entre neutro e terra. Então posso usar um disjuntor para desligar o circuito antes que alguém sofra um choque elétrico.

Agora vamos imaginar que o esquema seja TT. Como não tenho conexão entre neutro e terra, se a mesma fase encostar na carcaça aterrada, temos agora uma corrente circulando e o seu valor é baixo, pois depende da resistência de aterramento, então um disjuntor não pode detectar esta falta e não teria condições de atuar para proteção contra choques. É aí que entra o IDR e sim, ele não precisa ser obrigatoriamente de 30mA.

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Até a próxima!
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