A Filosofia de Schopenhauer - O Mundo como Vontade e Representação | Prof. Anderson

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Schopenhauer - O mundo como Vontade e Representação
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Entre os adversários de Hegel, Schopenhauer foi provavelmente - se excetuarmos Kierkegaard - o mais apaixonadamente envolvido, a ponto de chegar a qualificar o próprio Hegel como um "acadêmico mercenário", e seu pensamento como uma "palhaçada filosófica”.
É a filosofia submissa dos charlatães, para os quais o estipêndio e o ganho são as coisas mais importantes, Schopenhauer opôs a própria "verdade não remunerada", verdade que apresentou em sua obra maior, O mundo como vontade e representação, publicada em 1819 com 33 anos.

Escreve Schopenhauer no início de sua obra maior:
“O mundo é uma representação minha, eis uma verdade válida para todo ser vivo e pensante, ainda que só o homem possa alcançá-la por consciência abstrata e reflexa. Quando o homem adquire essa consciência, o espirito filosófico entrou nele. Então, sabe com clara certeza que não conhece o sol nem a terra, mas somente que tem um olho que vê o sol e uma mão que sente o contato de terra; sabe que o mundo circunstante só existe como representação, isto é, sempre e somente em relação com outro ser, com o ser que o percebe, com ele mesmo”.
Para Schopenhauer, nenhuma verdade é mais certa, mais absoluta e mais flagrante do que essa. Que o mundo seja uma representação nossa, segundo a qual nenhum de nós pode sair de si mesmo para ver as coisas como elas são, de que tudo aquilo de que temos conhecimento certo se encontra dentro da nossa consciência, é a “verdade” da filosofia moderna, de Descartes a Berkeley.
E é uma verdade antiga, como se pode constatar pela filosofia vedanta, segundo a qual a matéria não tem existência independente da percepção mental, e a existência e a perceptibilidade são termos conversíveis entre si.

O mundo é representação. E a representação tem duas metades essenciais, necessárias e inseparáveis, que são o objeto e o sujeito.
O sujeito da representação é “o que tudo conhece, sem ser conhecido por ninguém [...]. O sujeito, portanto, é o sustentáculo do mundo, a condição universal, sempre subentendida, de todo fenômeno e de todo objeto: com efeito, tudo o que existe só existe em função do sujeito”.
O objeto da representação, aquilo que é conhecido, é condicionado pelas formas a priori do espaço e do tempo, por meio das quais se tem a pluralidade, pois toda coisa existe no espaço e no tempo.
O sujeito, ao contrário, está fora do espaço e do tempo, é inteiro e individual em cada ser capaz de representação, razão pela qual “até um só desses seres, juntamente com o objeto, basta para constituir o mundo como representação, tão completo como milhões de seres existentes; ao contrário, o desvanecimento desse único sujeito levaria ao desvanecimento do mundo como representação”.
O sujeito e o objeto, portanto, são inseparáveis, também para o pensamento; cada uma das duas metades “não tem sentido nem existência senão por meio da outra e em função da outra, ou seja, cada uma existe com a outra e com ela se dissipa”.

Segue-se daí que o materialismo está errado por negar o sujeito, reduzindo-o a matéria, e o idealismo - o de Fichte, por exemplo - está errado também porque nega o objeto, reduzindo-o ao sujeito. No entanto, o idealismo, depurado dos absurdos elaborados pelos “filósofos da Universidade” é irrefutável: o mundo é representação minha e “é preciso ser abandonado por todos os deuses para imaginar que o mundo intuitivo, posto fora de nós, tal como preenche o espaço em suas três dimensões, movendo-se no inexorável curso do tempo, regido a cada passo pela indeclinável lei da causalidade, existe fora de nós com absoluta realidade objetiva, sem qualquer concurso de nossa parte; e que, depois, por meio das sensações, entra em nosso cérebro, onde começaria a existir uma segunda vez, assim como existe fora de nós”.

Em suma, Schopenhauer é contrário tanto ao materialismo (que nega o sujeito, reduzindo-o à matéria), como ao realismo (segundo o qual a realidade externa se refletiria naquilo que está em nossa mente). O mundo como nos aparece em sua imediaticidade, e que é considerado como a realidade em si, na verdade é um conjunto de representações condicionadas pelas formas a priori da consciência, que, para Schopenhauer, são o tempo, o espaço e a causalidade.

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