Região Sul

Aspectos gerais
A Região Sul é formada pelos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e se localiza quase completamente abaixo do trópico de Capricórnio.

Seu clima predominante é o subtropical. Isso faz com que no inverno ocorram as médias de temperatura mais baixas do país.

Na formação da população do Sul do país, há forte influência de imigrantes europeus, principalmente alemães e italianos, além de poloneses e ucranianos, por exemplo. Essa influência europeia é resultado da política de povoamento adotada pelo governo brasileiro a partir do século 19. Como estratégia para intensificar o povoamento e garantir o poder sobre o território, foram oferecidas terras para imigrantes europeus. Os imigrantes formaram colônias, em que desenvolviam a pecuária e a agricultura. As colônias de imigrantes foram fundamentais para a formação territorial da Região Sul, pois deram origem a diversas vilas e cidades.

Paisagens da Região Sul
A diversidade natural e cultural é um dos traços marcantes das paisagens da Região Sul, assim como a influência da imigração europeia, que ocorreu durante os séculos 19 e 20, na arquitetura, nos costumes e nas tradições do povo. Observe as imagens a seguir.

Natureza e problemas ambientais
Na Região Sul, as chuvas são bem distribuídas durante o ano e não há estação seca. Nas áreas de maior altitude, como na serra Geral e na serra do Mar, as temperaturas são ainda mais baixas e, por isso, há possibilidade de geadas e de neve nos invernos mais rigorosos.

As principais formações vegetais do Sul são a Mata Atlântica, a mata de araucária e as pradarias, também chamadas de campos ou pampa.

A Mata Atlântica está presente ao longo da costa litorânea e da serra do Mar e também nos planaltos e nas serras do interior. Assim como em outras regiões no Brasil, essa vegetação foi muito devastada e pouco resta de sua área original.

A mata de araucária é formada principalmente por uma espécie de pinheiro que tem como característica a grande altura de sua copa. Essa mata é encontrada principalmente nos planaltos e nas áreas de relevo com maior altitude. Devido à devastação, causada principalmente pela expansão urbana, pelas atividades agropecuárias e pela indústria madeireira, sua extensão original foi muito reduzida.

Mais ao sul da região predominam as pradarias, formadas principalmente pelas gramíneas, que recobrem o sul do Rio Grande do Sul e também parte do Uruguai e da Argentina.
Apesar de ser excelente alimento para o gado, boa parte das gramíneas naturais da região foi substituída por outras espécies que proporcionavam melhor rendimento pecuário. Por isso, essa vegetação corre o risco de desaparecer.

Areal produzido pela degradação do solo. Manoel Viana, RS. Foto de 2017.
A arenização é um processo de erosão do solo que tem causas naturais intensificadas pela ação humana. Ela ocorre em áreas do Rio Grande do Sul, devido à retirada de vegetação e ao uso intensivo do solo para a agricultura e a pecuária. Bancos de areia tomam a área em que antes havia vegetação, causando também assorea­mento dos rios, por exemplo. A recuperação do solo arenizado é demorada e complicada. Esse é um dos mais graves problemas ambientais da Região Sul. Observe as ilustrações abaixo.

Economia
A economia da Região Sul conta com uma forte produção industrial e uma vasta e intensiva produção agrícola, que é uma das mais diversificadas do país. Nessa região, é marcante a presença do desenvolvimento tecnológico no campo.

Agricultura e pecuária
As famílias de descendentes de imigrantes europeus são as que detêm a maior parte das propriedades rurais nessa região.

As propriedades de pequeno e médio portes são numerosas. Na agricultura, a elas se deve a maior parte das colheitas regionais de uva, fumo e erva-mate. Na criação animal, elas se destacam na produção de bicho-da-seda, aves, suínos e leite.

Já as grandes propriedades se dedicam, em geral, à pecuária de corte e à produção de grãos. São muito mecanizadas e produzem em larga escala.

Indústria
O parque industrial da Região Sul é moderno e diversificado, com destaque para as indústrias têxtil, alimentícia, de bebidas, de móveis e de máquinas e equipamentos.

O desenvolvimento da indústria na região tem relação importante com a imigração europeia. Muitos imigrantes tinham experiência com a realização de diferentes atividades econômicas. Nas colônias havia, por exemplo, agricultores, artesãos e operários (de indústrias como a têxtil e a moveleira). A comercialização de produtos entre as colônias contribuiu para o desenvolvimento do mercado consumidor e da atividade industrial na Região Sul.

Ao longo do tempo, algumas das pequenas indústrias que abasteciam os mercados consumidores locais cresceram e se modernizaram.