Degustamos às cegas alguns dos melhores vinhos tintos brasileiros.
Colocamos um grande argentino junto para compará-lo.
Também degustamos vários espumantes.
Para coroar, abrimos uma raridade, um vinho brasileiro tinto 1991 produzido pela Chandon.
Veja todos resultados e conheça melhor estes vinhos.
Os espumantes:
Salton Series: o melhor espumante econômico do Brasil, menos de R$30;
Cava Jaume Serra: colocamos para ter uma referência não brasileira; um ótimo produtor; ficou no nível do Geisse, embora com menos complexidade aromática onde predominava tangerina muito madura.
Geisse: considerado o melhor produtor de espumantes do Brasil, um vinho sem defeitos.
RH: o nosso espumante brasileiro preferido manteve o conceito. Os aromas intensos de padaria junto a muita fruta o tornam uma ótima pedida para os amantes de Champagne.
Valmarino Churchil: outro dos nossos favoritos, menos padaria que o RH, talvez por isto tenha agradado muito a maioria dos participantes.
Miolo Sesmarias 2020
Miolo Sesmarias 2020: Ficha Técnica
Campanha Gaúcha.
Uvas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot, Tannat, Tempranillo e Touriga Nacional. Não falam as proporções.
Rendimento no vinhedo abaixo de 1kg por planta.
Processo: fermentação em barrica de carvalho nova com leveduras indígenas, remontagem com rolagem do barril, 18 meses de amadurecimento nas barricas francesas, 15,5% álcool.
Miolo Lote 43 2020: Ficha Técnica
O nome refere-se ao lote comprado em 1897 pelo imigrante Giuseppe Miolo quando chegou a Serra Gaúcha.
Vale dos Vinhedos na Serra Gaúcha.
Uvas Merlot (mínimo 60%) e Cabernet Sauvignon.
15% álcool e 12 meses em barricas de carvalho francês e americano.
Utilizam gravidade durante o processo de produção; aumento da relação sólido/líquido.
Pizzato DNA 99 2015: Ficha Técnica.
Vinho reconhecido internacionalmente com 95 pontos da Decanter e 17.5 da Jancis Robinson (máx é 20).
O nome refere-se ao vinho histórico produzido pela Pizzato em 1999.
Produzido na região de Santa Lucia no Vale dos Vinhedos com a uva Merlot de vinhedos plantados em 1991, 1998 e 2002.
13,5% álcool com leveduras selecionadas e 12 meses em barricas de carvalho francês de primeiro uso.
Valmarino Terço 2018: Ficha Técnica
Vinho de Pinto Bandeira na Serra Gaúcha.
Produzido com as uvas Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Tannat, um terço de cada.
O corte muda de uma safra para outra mas sempre será um blend de 3 uvas na mesma proporção – arrisco dizer que a Cab Franc sempre estará presente.
14% álcool, com 18 meses em barricas de carvalho americano de primeiro uso com tostagem forte, não filtrado, apenas decantado.
Na safra 2020 foram produzidas 2863 garrafas.
Escohuela Gascon Don 2019: Ficha Técnica
Single Vineyard de El Cepillo a 1.150 metros de altura no Vale de Uco com a uva Malbec.
Produzido com mínima intervenção; 14.4% álcool; fermentado e maturado em barricas francesas de 400 litros, por 16 meses.
Minha Avaliação:
Semarias: o vinho mais encorpado do painel, mas tem uma fruta e estrutura (taninos e acidez) que equilibram este corpo. Um grande vinho. Google R$870.
Lote 43: os 15% de álcool sobram neste vinho que, ao contrário do Sesmarias, não tem uma estrutura que o suporte. Além disto a fruta está excessivamente madura não apresentando a mesma complexidade dos demais. Lembra um malbecão. GR$180.
DNA99: um vinho muito equilibrado, profundo o mais elegante, um clássico que lembra um grande Bordeaux com alguma evolução. Esta garrafa estava bem mais evoluida que outra que abri recentemente. GR$380.
Terço: muita estrutura perfeitamente equilibrada com seu corpo, frutas frescas e complexidade aromática. Um vinho que vai durar muito. Para mim o melhor do painel. GR$440.
Don: o campeão da estrutura com menos complexidade que o DNA e o Terço. GR$350.
Conclusões:
Corpo: para quem ama vinhos encorpados o Sesmarias é o campeão e o Lote uma alternativa mais econômica no mesmo estilo.
Estrutura: o Don é o campeão, seguido de perto pelo Terço.
Equilibrio e complexidade: aqui os destaques são o DNA e o Terço (com muita estrutura). O DNA em um estilo mais classico que lembra um grande Bordeaux já cm alguma evolução, e o Terço em um estilo moderno com muita estrutura e fruta fresca.
Meu favorito: nunca havia provado o Terço, demorei.
Nada como uma degustação às cegas.
Existem outros grandes vinhos brasileiros que não forma incluídos no painel.
Chandon 1991
A safra de 1991 produziu algumas raridades tintas como o Baron de Lantier – veja nosso vídeo sobre as melhores safras do Brasil.
Uma primavera chuvosa após um inverno rigoroso seguida de um verão muito seco (o problema lá é a chuva).
27.642 garrafas de um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc com 11.2% de álcool.
O vinho ainda tem muita fruta, ainda está muito vivo, com uma cor mais para o rubi que granada. Grande exemplo da longevidade que um vinho brasileiro pode ter.
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