Do dia 16 de setembro, a Igreja comemora São Cipriano, bispo de Cartago e mártir. Foi um dos mais importantes Padres da Igreja, referência para todo o pensamento católico depois dele.
Ele escreveu muito. Muitas das suas obras se perderam, e muitas se conservaram. Mas de tudo o que ele escreveu, de todas as suas preciosas palavras, há uma sentença de São Cipriano de Cartago que se perpetuou na memória católica.
“Extra Ecclesiam nulla salus”. Fora da Igreja não há salvação.
São Cipriano assim sentenciou no capítulo 6, §3º do livro “De Catholicae Ecclesiae Unitate”, “Da Unidade da Igreja Católica”.
Esta não é uma doutrina de São Cipriano. É doutrina de sempre. Ele simplesmente é a fonte mais antiga conhecida de enunciação deste doutrina nestes termos.
Ah, e ela é dogma? Sim, o cânon I do IV Concílio de Latrão, em 1215, a declara infalivelmente. Fora da Igreja não há salvação. O católico, nem leigo, nem papa, tem a possibilidade de negá-lo.
Mas eis que, há poucos dias, em 13 de setembro de 2024, em um encontro interreligioso em Singapura, o Papa Francisco faz uma afirmação, ou duas, estando todas ali no mesmo contexto, que se afasta indiscutivelmente desta doutrina e até de outras, como a própria necessidade de Cristo para a salvação.
Eu não vou reproduzir aqui as falas do papa, vocês já devem estar cansados de ouvi-la, de lê-la, existe não apenas vídeo original, com legenda, com dublagem, o texto transcrito já no site do Vaticano, então, não vou replicar aqui.
Até porque o meu objetivo aqui não é nem sequer comentar as falas do Papa em si, mas outra coisa.
Vejam: meu canal já tem quase quatro anos, eu já estou na internet, e vocês nunca verão, em lugar nenhum eu ter entrado nessas polêmicas sobre o que o papa falou ou não falou. Mas dessa vez eu resolvi falar. Não por causa do que o papa falou em si, mas por causa da reação de alguns, que insistem, contra a verdade conhecida que está exposta ali para quem quiser ver, a negar o fato.
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