Extinções no Quaternário: O que têm a nos ensinar?

Entre 40 e 50 mil anos atrás, foram registradas extinções significativas em várias regiões do planeta, como o desaparecimento da megafauna na Austrália e a extinção de grandes mamíferos na América do Norte e do Sul, incluindo preguiças gigantes e mamutes.

Estudos sugerem uma correlação significativa entre a expansão dos humanos modernos no planeta e a extinção de espécies no final do quaternário. O que isso pode nos ensinar sobre a atualidade?

Quem fala sobre o assunto é o biólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Fernandez, que dedica seus estudos à paleoecologia. Testou e corroborou a hipótese de que as extinções de grandes vertebrados no final do Quaternário foram causadas não por mudanças climáticas, mas sim pela expansão dos humanos modernos pelo planeta.


Fernandez é autor dos livros O Poema Imperfeito (2000), um dos maiores sucessos editoriais brasileiros sobre conservação da natureza, e Os Mastodontes de Barriga Cheia e Outras Histórias (2016), é colunista do site O Eco e já ministrou quase quatrocentas palestras em oito países.