História dos Ônibus PAPA FILAS no Brasil

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O papa-filas foi uma espécie de veículo misto utilizado como alternativa para o transporte público no Brasil durante as décadas de 1950 e 1960, tratava-se de um semirreboque adaptado com carroceria de ônibus e tracionado por um cavalo mecânico. Era um período que historicamente foi marcado pelo avanço do processo de industrialização brasileiro, que resultou em rápida expansão das principais capitais do país, elevando rapidamente a necessidade de locomoção de passageiros. Com Isso, o transporte público se via obrigado a apresentar rapidamente soluções para o transporte em massa de passageiros, e a indústria via e aproveitava a oportunidade de negócio de fabricação de ônibus, tanto é que na década de 50 surgiram a maioria das marcas brasileiras de ônibus.
Porém, a capacidade de transporte da época ainda era pequeno, assim, buscando uma solução inédita no país, foram criados os semi-reboques adaptados para passageiros, que seriam tracionados por cavalos mecânicos, a ideia, transportar grande quantidade de passageiros, substituir os já defasados bondes, reduzindo as filas nos terminais, daí veio o apelido para filas.
Originalmente, os primeiros papa-filas surgiram nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, no Brasil os primeiros modelos foram produzidos entre 1955 e 1956, surgindo a partir de uma parceria entre a Massari S.A., que era uma fabricante de implementos e carrocerias, fundada em 1953, e a Fábrica Nacional de Motores (FNM), fabricante estatal de caminhões, que iria ceder para o projeto principalmente os modelos D9500 e D11000 de até 150cv.
A Massari fabricava o chassi do semi-reboque que receberia o encarroçamento de outras empresas, como a Grassi, Germava e Caio, que chegariam a capacidade de 200 passageiros.
O conjunto foi encomendado pelas companhias e empresas responsáveis pelo transporte nas capitais, como CMTC em são Paulo, era envolto em grande publicidade e expectativas, chegava também logo no início a Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Embora a FNM produzisse os primeiros cavalos mecânicos para o conjunto, a chegada de outras marcas permitiu também que outros cavalos mecânicos fossem utilizados, como Scanias e Mercedes-Benz, a própria fabricante de carrocerias Grassi produziu um modelo próprio baseado em seus ônibus.
Não era exatamente a primeira vez, e com certeza não seria a última que se necessitava resolver o problema da mobilidade urbana em grandes capitais, inclusive em uma ocasião anterior, por volta de 1928 no rio de janeiro, foi importada a ideia dos ônibus de dois andares europeus, aqui apelidados de chopp duplo, ideia que se repetiria na década de 80 com o Thanco ODA, urbano de dois andares, apelidado de fofão, fato é que as soluções repentinas, trazidas de fora, muitas vezes não levava em conta as reais necessidade locais, assim como as características urbanas.
As expectativas eram grandes com relação ás carretas-ônibus, más em pouco tempo operando, os papa-filas mostraram suas dificuldades dentro das cidades, não funcionando como esperado, pois eram absurdamente lentos, pesados, desconfortáveis e barulhentos.
As grandes cidades, começavam então a aposentar os papa-filas, logo na década de 60, más eles teriam ainda uma sobrevida em empresas privadas e outras companhias, surgindo ainda algumas soluções mais fáceis e menores, como o Marcopolo, se expandindo ainda para vários estados do brasil. Algumas unidades foram utilizadas por construtoras e fábricas para transportes de funcionários, entre elas a CBT, Camargo Correa, Usiminas, e Mercantil Suissa, algumas unidades das forças armadas também usaram os Papa-Filas.
Enquanto isso, as várias encorraçadoras investiam na criação de carrocerias urbanas mais eficientes, como a Caio, Incasel, Carbrasa, Nimbus, e Marcopolo. A Massari investiu na produção de ônibus próprios com inéditas tecnologias, como a construção em monobloco, e os primeiros Trólebus, inclusive com suspensão a ar.
Curiosamente, entre os anos 60 e 70, surgiam em cena também os ônibus do tipo Romeu e Julieta”, como os Marcopolo San Remo, Marcopolo Veneza e CAIO Grabriela.
O Papa fila, sairia de cena completamente na década de 70, o fato dele não ter sido o sucesso que se esperava, não apagou sua história na contribuição para o desenvolvimento dos transportes de maior capacidade no país, ele ficou sendo considerado o precursor do articulado, cujo primeiro modelo no Brasil seria produzido em 1978, e que hoje ainda é uma das principais soluções para o transporte urbano de maior capacidade, más a história do articulado é um tema para outro vídeo.

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