Pierre Bourdieu - Habitus e Campo | Prof. Anderson

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Pierre Bourdieu - Habitus e Campo
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Pierre Bourdieu (1930 - 2002) nasceu em uma vila rural francesa e era filho único de um carteiro. Cursou filosofia, mas seguiu carreira como sociólogo e foi um dos mais importantes do século XX. Ele acreditava que a pesquisa deveria se traduzir em ação, e envolveu-se em muitos protestos políticos contra a desigualdade e a dominação.

Disposição de classe

De Marx a Durkheim, os sociólogos sempre quiseram determinar como o sistema de classes sociais é reproduzido, acreditando que ele está estruturalmente ligado à economia, propriedade, e aos ativos financeiros.
No entanto, nos anos de 1970, Pierre Bourdieu alegou, em Distinção que a questão era mais complexa: a classe social não é definida apenas pela economia, mas pelo habitus de classe que normalmente está associado a essa posição.
Ele define hábitus como a corporificação das disposições socialmente adquiridas que levam os indivíduos a viver sua vida de modo similar aos outros membros de seu grupo de classe social. Um indivíduo de uma classe saberá que algo é pretensioso ou cafona, ao passo que uma pessoa de outra classe verá a mesma coisa como bonita ou deslumbrante. Ele sugere que uma criança aprende essas coisas com a família e depois na escola com os colegas, que demonstram à criança em crescimento como falar e agir, etc. Dessa forma a ordem social é progressivamente inscrita na mente das pessoas.
Enquanto estudava as divisões de classe na França nos anos 1960, Pierre Bourdieu percebeu que as pessoas da mesma classe exibiam valores culturais parecidos. As coisas que elas sabiam e Às quais davam valor, o jeito como falavam, a escolha de roupas e a ornamentação de seu corpo, ale´m de sua visão sobre a arte, o lazer e o entretenimento, eram todos parecidos entre si.
As classes altas francesas, notou, desfrutavam de poesia, filosofia e política. Elas gostavam de ir a teatros clássicos ou de vanguarda, museus, concertos de musica clássica, e de acampar e fazer trilhas.
Nas classes trabalhadoras, Pierre Bourdieu descobriu que as pessoas gostavam de ler romances e revistas, apostar, ir a shows musicais, butiques e ter carros de luxo. As escolhas eram relativamente limitadas e determinadas não pelo custo, mas pelo gosto. Ele percebeu que os membros de certa classe, ou fração de classe, compartilhavam gostos porque compartilhavam disposições, ou habitus. Eles passaram, por algum motivo, a gostar ou não gostar das mesmas coisas. E tal consciência do habitus compartilhado lhes dava um senso particular de espaço, eles se encaixavam nesta ou naquela classe.
A construção do habitus não se deve nem ao individuo nem ao ambiente ao seu redor, ele é criado através da interação das mentes subjetivas com as estruturas e instituições ao seu redor. Os indivíduos nascem num grupo específico de uma classe social. Cada um é definido por um estilo de vida especial, ao qual Pierre Bourdieu se refere como habitus do grupo. Cada grupo de classe social tem um habitus de grupo que, ao mesmo tempo, define todos os outros habitus de grupo na sociedade e o diferenciam dele.
O habitus do grupo também está inscrito nas disposições corporais e nos gestos do individuo. A classe social das pessoa pode ser discernida pela maneira como andam, falam, riam, choram - a partir de tudo que pensam e dizem. Na maioria dos casos já que nascem e crescem dentro de um habitus de grupo, os indivíduos praticamente não tem consciência da forma pela qual o habitus tanto capacita quanto restringe o jeito que pensam, percebem, agem e interagem com o mundo ao seu redor.
O habitus - como a corporificação das disposições de um grupo maior ao qual um indivíduo pertence - oferece às pessoas uma clara noção do tipo de pessoa que são e o que tais pessoas como elas deveriam pensar e sentir, além da maneira como devem se comportar.
O habitus dá aos indivíduos uma senso de seu lugar único, porque o seu eu internalizado coincide perfeitamente com a estrutura de seu mundo externo. Mas se eles se perdessem em lugares de uma classe diferente, se sentiriam como um peixe fora d'água, deslocados onde estivessem.

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PROF. ANDERSON
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O Prof. Anderson é licenciado em Filosofia com habilitação em Sociologia, advogado especializado em direito do trabalho e apaixonado pelas Ciências Humanas.
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