Fisiopatologia do Diabetes

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O diabetes é uma doença decorrente da falta de insulina ou da resistência à sua ação que leva a uma série de disfunções no organismo e risco aumentado de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Para o tratamento do diabetes é essencial o entendimento da fisiopatologia, pois, para a glicose não ficar em níveis elevados no sangue ela precisa entrar para as células, como o tecido muscular e adiposo. Contudo, para uma molécula entrar de maneira passiva na célula ela precisa ser solúvel na bicamada lipídica da membrana celular ou ser muito pequena (menor que 0,8 nm de diâmetro) para atravessar os canais proteicos que se formam na membrana.

Entretanto, a glicose não é solúvel na membrana lipídica e nem muito pequena para atravessar através dos canis proteicos, sendo assim, a entrada da glicose ocorrerá através do transporte mediado por transportador, onde na célula muscular e tecido adiposo temos o GLUT-4 (transportador de glicose-4).

Contudo, é necessário que o GLUT-4 seja informado que há aumento de glicose no sangue e que por isso ele precisa se translocar até a membrana da célula para captar essa glicose.

Essa informação ocorrerá quando o aumento da glicemia estimula as células betas do pâncreas a secretar o hormônio insulina para o sangue, em seguida, a insulina se liga ao seu receptor na membrana celular levando a ativação da tirosina quinase, autofosfiração do receptor de insulina e fosforilação dos substratos do receptor de insulina (principalmente o IRS-1).

Depois que a insulina se ligou ao seu receptor e ocorreu a ativação da tirosina quinase teremos uma cascata de reações conhecida como cascata da insulina, ou seja, uma série de reações que ativará diversas enzimas como Fosfatidilinositol-3-quinase (PI3-K), Fosfatidilinositol-3,4,5-trifosfato (PI3-P), Fosfoinositide-dependente (PDK), Proteína Quinase B (AKT) levando à translocação do GLUT-4 para a membrana celular e captação de glicose.

Essa é a resposta fisiológica normal, contudo, quando há doença autoimune ou idiopática, o sistema imunológico produz anticorpos que destroem as células betas do pâncreas levando a ausência absoluta na produção e liberação de insulina e com isso o GLUT-4 não será ativado e não irá se translocar até a membrana da célula para captar glicose, esse é o quadro do Diabetes tipo 1.

Já o Diabetes tipo 2 é uma doença decorrente da resistência à insulina, ou seja, da dificuldade da insulina exercer sua função (ativar o GLUT-4 para se translocar até a membrana celular e captar glicose).

O diabetes tipo 2 pode ser advindo de diversos fatores, dentre os quais se destacam o sedentarismo e obesidade (principalmente a abdominal). A obesidade leva a resistência à insulina principalmente pelo aumento de citocinas inflamatórias (TNF-a, Resistina, Letpina, Interleucina-1) que levam a redução da cascata da insulina e menor ativação de GLUT-4.

Referências:
American Diabetes Association. Standards of Medical Care In Diabetes - 2016.

Chamberlain JJ et al. Diagnosis and Management of Diabetes: Synopsis of the 2016 American Diabetes Association Standards of Medical Care in Diabetes.. Ann Intern Med. 2016 Apr 19;164(8):542-52.

Ozougwu, JC et al. The pathogenesis and pathophysiology of type 1 and type 2 diabetes mellitus. J. Physiol. Pathophysiol. 2013 Sep; 4(4): 46-57.

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