Controle da pressão arterial: mecanismo dos Barorreceptores

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A pressão arterial é uma variável fisiológica que precisa ser controlada a todo o momento, pois a hipertensão arterial leva a alterações funcionais e estruturais em diversos órgãos, como coração, rins, vasos sanguíneos e encéfalo, aumentando o risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

A pressão arterial também não pode ficar em valores muito baixos (hipotensão), pois leva a redução do fluxo sanguíneo para diversos órgãos, impactando em baixo aporte de oxigênio e nutrientes, sendo assim, mecanismos de controle atuam para que a pressão arterial fique a todo instante em valores de normalidade.

A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial de 2016 da Sociedade Brasileira de Cardiologia classifica a pressão arterial como normal em valores de PAS ≤ 120 mmHg e PAD ≤ 80 mmHg e classifica Hipertensão Arterial valores de PAS ≥ 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg.

Os mecanismos de controle da pressão arterial podem ser divididos em mecanismos rápidos, intermediários e lentos.
O mecanismo rápido de controle da pressão arterial são os Barorreceptores, Quimiorreceptores e o Mecanismo Isquêmico do Sistema Nervoso Central.

Dentre os mecanismos rápidos de controle da pressão arterial, destacam-se os Barorreceptores, que são receptores de estiramento localizados principalmente na artéria aorta e carótida interna (seio carotídeo).

Os sinais dos Barorreceptores carotídeos são transmitidos pelos nervos Hering para o nervo glossofaríngeo e daí para o núcleo do trato solitário na região do Bulbo no tronco encefálico (porção do sistema nervoso central). Já os sinais dos Barorreceptores aórticos são transmitidos pelo nervo vago.

Quando os Barorreceptores informam que pressão arterial precisa diminuir o sistema nervoso central atua através das fibras parassimpáticas liberando o neurotransmissor acetilcolina que ao se ligar aos seus receptores muscarínicos no coração promove redução da frequência cardíaca e volume de ejeção, e assim, redução do débito cardíaco e consequentemente da pressão arterial.

Também haverá aumento da vasodilatação das arteríolas, levando com isso a redução da resistência vascular periférica e redução da pressão arterial.

Contudo, se os Barorreceptores informarem que a pressão arterial precisa aumentar o sistema nervoso central promoverá através das fibras simpáticas aumento da liberação de adrenalina e noradrenalina que ao se ligarem aos seus receptores beta-1-adrenérgicos promovem aumento da frequência cardíaca e volume de ejeção, e com isso, aumento do débito cardíaco.

Além disso, também haverá aumento da vasoconstrição das arteríolas levando ao aumento da resistência vascular periférica e aumento da pressão arterial.

Referências:
Guyton, Arthur C.; Hall, John E. Tratado de Fisiologia Médica.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016.

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