Lourandes - ME AME POR QUEM EU SOU (Clipe Oficial)

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"Eu só mudo através do amor."

Direção de fotografia: João Guilherme Moreira

PELA PRIMEIRA VEZ EM 4K! A arte independente vence todos os dias 😩
"Me ame por quem eu sou" é o terceiro capítulo de "Se eu falar, eu choro", e a personagem reflete ao amanhecer sobre a fuga de casa, sua relação com a noite, a família e a solidão. A personagem também foge e passeia por cidades pequenas, enquanto sonha com a fama e vira as costas para seus traumas.

Capítulo 3:

22/03/2024

Dentre todas as coisas que já citei aqui que detesto, preciso destacar acordar durante a madrugada. Acordo com dor nas costas, no pescoço e com os braços vermelhos. É o desconforto de dormir no carro e acordar assim que o dia amanhece, para evitar que dentro fique quente demais.

Minhas olheiras vermelhas seguram a vontade de chorar. Eu não quero chorar, eu não quero falar sobre o que aconteceu, mas mesmo evitando através dessa jornada sem roteiro, sem fim ou sem sentido, sinto que as coisas que eu fujo vão chegar até mim. Será que as pessoas estão certas? o tempo realmente é o responsável por fazer a dor desaparecer? Mas, se for assim, por que sinto que estou sendo assombrada pela minha própria mente, por um corpo masculino e pela falta de controle?

Passei parte da minha juventude me sentindo incompreendida. As pessoas não me escutam, não me vêem. Vivo ao extremo o sentimento de ser invisível dentro de casa, e se não fossem as redes sociais, não saberia como preencher o espaço entre as minhas costelas com amor. Eu morreria recheando meus pulmões e minhas artérias de amor, e de todas as formas que já idealizei morrer, essa seria mais uma vez uma forma lenta, mas não seria dolorosa. Eu iria dormir abraçada para sempre.

Me expor na internet com um trabalho tão visceral foi um grito pela compreensão. "Me enxerguem pelo meu pior", eu exigi, enquanto minha voz tremia de medo. E agora, mais uma vez, caio de joelhos em um quarto sujo, inabitável, pedindo por um abraço. Peço por aquele aperto quente dos braços da minha mãe, mas que dura até o verão, e que de repente fica sufocante, pegajoso e chato, mas não vá embora. Fique. Mesmo se for difícil, fique.

Eu sinto falta da minha mãe mesmo quando estou do lado dela.

Quando eu fiz meu último projeto musical, recebi flores e aplausos por mostrar o pior de mim, mas eu mostrei o forte, o temido e o ignorante, e agora desabrochei para uma versão mais taciturna, quieta e que evita falar sobre as coisas. Eu sinto que já fui melhor do que tudo isso, mas é irônico porque ainda vivo os aplausos. As pessoas pedem mais por Arrogância e Inveja, e não escutam quando falo com todas as palavras que eu me alimento de amor.

Vocês não sabem do que sou capaz de fazer pelo amor. Muito diferente do que esperam de mim, como ciúmes e obsessão, na verdade eu me transformo na minha versão mais pura, tímida e ingênua, porque eu sei o que é ser amada de verdade, e eu busco esse sentimento nos meus pais, nos meus amigos, na religião e nas drogas.

Nessa jornada pela fama, espero que as pessoas gostem de mim e consigam diferenciar o que eu canto de quem eu sou. Consigam entender que eu quero parar de beber e fumar, porque eu quero ser pura e incorruptível como um bebê, mas que também não gritem comigo caso eu erre. Eu, infelizmente, me corrompi, e eu sempre volto para o cigarro e para a bebida, porque, se aos poucos eu for me preenchendo, tenho certeza que o amor vai me perdoar pelo exagero.

Ah, e eu volto a dizer: eu amo festas. Bobos são aqueles que simplesmente não gostam e julgam os extrovertidos que precisam dançar. Amo os quartos escuros e as luzes neon. Sempre levanto meus braços como se estivesse em câmera lenta. Eu preciso chorar, mas nem na escuridão intensa eu me permito confessar sobre o que aconteceu, mas se o tempo permitir, se o amor da minha vida me ouvir, se meus pais me entenderem e se Deus existir, eu sei que consigo passar por isso.

Chorar será necessário.

Quando estou muito triste me lembro do show que fiz em São Paulo. Minha mão parou de tremer e fui possuída pela extroversão: ali eu fui brilhante daquele tipo que cega, daquele tipo que grita e respira ofegantemente. Eu olhei as pessoas, eu ouvi as pessoas, e além de tudo eu fui quem eu conseguia ser no palco. Eu me senti abraçada, e eu soube que tudo que eu fiz foi por aquele momento. Todas as vezes que me deixaram de lado, que me maltrataram e que me negligenciaram, foram silenciadas pelo amor.

Eu cantei por tristeza, e as pessoas choraram.
Eu fui compreendida, eu fui amada.

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