Tédio: o que fazer?

O tédio já bateu aí nessa quarentena? Hoje trago neste vídeo uma emoção que estava esquecida e agora, na pandemia, foi relembrada por nós: tédio. Por que será que ficamos entediados? Qual a função do tédio na nossa vida?


Afinal, as emoções sempre têm uma função na vida humana. Os incômodos são alarmes. Sentimos dor, fome, sono para que o organismo nos lembre de tomar uma atitude, de nos mexermos.


Com o tédio é preciso entender em que situações ele acontece. Na verdade, ele aparece quando os estímulos que nos cercam não são suficientes para ganhar interesse do nosso cérebro. Situações repetitivas ou chatas nos fazem perder interesse e sentimos vontade de mudar. O cérebro pede para que mudemos a tarefa, o ambiente.


O que sabemos é que um ambiente mais rico em estímulos causa menos tédio. Mas a personalidade da pessoa também interfere: tem gente que tem mais tédio mesmo e precisa de mais estímulos.

Logo, a função dessa emoção é sinalizar que estamos numa situação desinteressante, não propensa à criação, à realização – assim como essa época de distanciamento, de isolamento tem sido para muitas pessoas. O tédio nos sinaliza que a situação não é enriquecedora para nós.

Como toda emoção, o tédio aumenta a chance de partirmos para a ação. Sim, há uma relação entre o tédio e a criatividade. O estado de divagação nos dá um estimulo a criar, a agir. O problema é que às vezes isso pode ser ruim, também. Se ficamos entediados, podemos usar essa energia para agir comendo mais, ou brigando. Outro alerta é que quem tem muita tendência ao tédio tem mais chance de usar drogas, para encontrar estímulos para o cérebro.


E por que precisamos aprender a lidar com o tédio? Por que não conseguiremos nos livrar dele para sempre, assim como a dor. Precisamos aprender a aguentar isso para não fazermos besteiras. Podemos usar o tédio a nosso favor.


Quer dicas? Varie a rotina, coloque períodos curtos de pausa e faça algo diferente. Isso diminui a sensação de tédio. Tomara que essas dicas te ajudem a estimular o cérebro. Ah, e dá uma maratonada aqui no canal que tem muitas dicas também, assim você usa o tempo para aprender mais sobre suas emoções.


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Daniel Martins de Barros
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