Mundo precisa que EUA e China dialoguem em torno de interesses em comum | Paulo Portas

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O que você vai encontrar nessa entrevista:

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0:37 — Fazer previsões e analisar o que o futuro reserva a países, empresas e sociedade é uma coisa, historicamente, muito difícil. Recentemente, o senhor mencionou em uma palestra que talvez a frequência do imprevisível tenha aumentado. Como sociedade, empresas e Estados podem se preparar para esse imprevisível?

11:23 — Qual é a importância da guerra na Ucrânia para a Europa e por que o senhor percebe que, talvez, outras regiões do mundo não considerem esse evento com a mesma gravidade como os europeus?

20:14 — Qual é o perigo para as conquistas civilizatórias, mesmo da democracia, se esses movimentos [extrema direita e esquerda radical] se solidificarem e começar a conquistar o poder em vários Estados?

31:31 — Como o senhor vê a questão das mudanças climáticas?

37:23 — Se a Europa adotasse uma estratégia de transição energética na qual passasse a produzir energia renovável, o continente se tornaria menos dependente ou não sofreria tanto quanto sofreu quando a Rússia invadiu a Ucrânia?

39:25 — Um outro tema que o senhor estuda é a relação entre Estados Unidos e China. Nos últimos anos, guerras comerciais, cambiais e tecnológicas vêm se agravando. Estamos à beira de um novo período histórico?

50:12 — O senhor foi ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2011 e 2015. Como foi essa experiência de lidar com o Brasil?

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*Entrevista gravada em 07 de março de 2023.

A percepção de que a China representa uma ameaça à soberania dos Estados Unidos (EUA) é um dos poucos pontos em que a opinião política da população estadunidense realmente converge. A perturbação que a ascensão de uma potência desafiante causa em uma já estabelecida pode ocasionar conflitos de proporções política, comercial e de segurança — de modo que, para essas duas nações, o ideal é que se estabeleça um sistema regular de diálogo em que se encontre uma agenda de interesses mútuos sobre os quais ambas possam trabalhar, defende Paulo Portas, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, em entrevista para a série Conexão Brasil–Portugal.

“A China será a prioridade de qualquer presidente norte-americano, seja democrata, seja republicano. Essa revisão estratégica começa nos mandatos Obama e avança durante os anos de Trump de uma forma caótica — como tudo em seu mandato —, com uma ‘lista negra’ de empresas chinesas. Biden triplicou a lista de Trump. A única diferença essencial entre esses dois é que Biden não fala de outras nações nas redes sociais. O pensamento estadunidense sobre a China é unilateral e consensual na percepção da ameaça”, assegura.

Em entrevista ao Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, Portas pondera que o maior risco que o mundo corre não é exatamente um confronto entre as duas potências, mas um erro de percepção das intenções de uma sobre a outra, o que poderia desencadear um conflito. “Se os chineses estiverem convencidos de que o declínio dos EUA é irreversível, em um mundo dolarizado, isso pode ser uma precipitação e um erro. Já os populistas [dos EUA] também precisam ouvir que, das 500 melhores empresas de lá, 40% foram criadas por imigrantes ou seus filhos”, avalia.

Taiwan no centro do embate

O ex-ministro lembra que o mar do Sul da China é uma das regiões mais perigosas para fomento de um conflito, em particular por causa de uma possível declaração de independência de Taiwan, ilha que a China considera uma província separatista e que deve, mais cedo ou mais tarde, voltar ao seu controle. Taiwan, por outro lado, se vê como um país independente. O questionamento que fica é qual seria a atitude dos EUA diante de uma conflagração que cerca o que é, hoje, um dos epicentros comerciais e de desenvolvimento do mundo — sobretudo na produção de semicondutores —, com elevada relevância para a economia internacional.

“Eu acredito que o tema seja gerível. Nós sabemos quais são os dois pontos de tensão. Os chineses dizem que, se houver declaração de independência, não existirá alternativa que não a invasão de Taiwan; os norte-americanos dizem que, se os chineses invadirem Taiwan, estarão obrigados a pôr em prática o tratado de defesa que existe há décadas, de maneira ainda mais significativa do que tem feito com a Ucrânia, ou seja, enviar soldados para defender aquele território. O diálogo é inevitável, e o mundo precisa absolutamente que ele ocorra”, reforça.

As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.

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