Conheça o casarão do século XIX do engenho Sete Cabeças localizado no município de Camutanga PE
Antonio Rogerio Freire Capitão da Companhia de Ordenanças da Vila do Pilar de Taipú. Participou da Revolução Pernambucana de 1817 (Martins, p. 204-205; Lins, 2017). Antonio Rogerio Freire foi escrivão no Pilar em 17 e foi quem escreveu a ata da revolução. É essa a tradição guardada por sua família, contra a opinião de alguns cronista que dizem ter sido a ata escrita por seu filho
Transcrição: “Freire 1º (Antonio Rogerio) paraibano de 1817; a causa da liberdade pernambucana, quando proclamada na Paraíba, fez serviços tão importantes, que lhe mereceram a raiva, e vingança dos tiranos; por eles foi acusado, preso, processado e remetido pela Alçada aos cárceres da Bahia, donde saiu na redenção geral das cortes de Lisboa, em 1821.
João Luiz Freire foi um dos paraibanos que participou da Revolução de 1817, sendo acusado do crime de lesa-majestade por ter sido um dos cabeças dos patriotas em Itabaiana. Na defesa, se qualificou como agricultor e senhor do engenho Vindinha, no termo da vila de Goiana, comarca de Olinda, Capitania de Pernambuco, contrariamente à acusação que o considerava morador de Itabaiana. Disse que desde 1814 deixou Itabaiana e passou a morar na freguesia do Desterro, termo da vila de Goiana (depois Itambé). Afirmou que em 10/03/1817 foi à feira em Itabaiana e se viu envolvido na agitação e que desejando se retirar foi impedido pelo povo. E que foi obrigado a seguir para a vila do Pilar, onde ficou na casa do irmão Antonio Rogerio Freire e que ainda foi obrigado a continuar a marcha para a cidade da Paraíba, onde chego u em 15/03/1817. Com a ordem de dispersão recolheu-se a sua casa em 16/03/1817. Teve os bens sequestrados e foi perseguido na Paraíba por alta traição, mas nunca foi encontrado até ser preso em 06/02/1818, na casa do cônsul americano no Recife, onde disse que estava há 3 dias. No Juízo da Alçada: “Perguntado pelo nome, naturalidade, idade, estado e ofício? Respondeu na forma do costume.” Foi processado e remetido pela Alçada aos “cárceres da Bahia, onde penou até a redenção geral das cortes de Lisboa” em 1821. (Fontes: “Documentos Históricos – Revolução de 1817”, vol. CIII. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1954; e “Os Martires Pernambucanos”, Luso-Pernambucano (Padre Joaquim Dias Martins). Pernambuco: Typ. de F. C. de Lemos e Silva, 1853/1854. Antonio Rogerio Freire foi nomeado em 10/05/1803 Capitão da Companhia de Ordenanças do Distrito da Vila do Pilar de Taipu e foi um dos paraibanos que participou da Revolução de 1817, sendo, como patriota, designado Capitão Comandante das Ordenanças pelo Governo Provisório da Província da Paraíba. Foi preso na capitania da Paraíba em 20/05/1817 e remetido para o Recife em 17/06/1817, ficando preso na fortaleza das Cinco Pontas pelo crime de lesa-majestade. (Fontes: Arquivo Histórico Ultramarino e “Documentos Históricos – Revolução de 1817”, vol. CIII. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1954). Antonio Rogerio Freire (o moço ou Junior) assentou praça conduzido pelo pai. Preso em 06/02/1818, na casa do cônsul americano no Recife, disse ser escrevente de um cartório. (Fonte: “Documentos Históricos – Revolução de 1817”, vol. CIII. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1954).
Transcrição: “Freire 1º (Antonio Rogerio) paraibano de 1817; a causa da liberdade pernambucana, quando proclamada na Paraíba, fez serviços tão importantes, que lhe mereceram a raiva, e vingança dos tiranos; por eles foi acusado, preso, processado e remetido pela Alçada aos cárceres da Bahia, donde saiu na redenção geral das cortes de Lisboa, em 1821.” “Freire 3º (João Luiz) paraibano de 1817; era natural, e morador na freguesia de Itabaiana; foi este o primeiro lugar da Paraíba, que em 14 de março proclamou a liberdade pernambucana, sendo Freire um dos principais motores: é verdade, que por aí mesmo começou a Liberdade a ser oprimida pelo exército dos rebeldes, capitaneados pelo traidor Padre Manoel Lourenço: mas, o nosso Freire jamais capitulou com os tiranos, pelo que foi preso, e sepultado nos cárceres da Bahia, onde penou até a redenção geral das cortes de Lisboa. ” Freire 5º (Antonio Rogerio) paraibano de 1817: era morador na vila do Pilar do Taipu, e nela escrivão da Câmara, quando o Padre Antonio Pereira – vid. Albuquerque 1º - e Ignacio Leopoldo – vid. Maranhão 8º - proclamaram naquela vila a liberdade pernambucana: a eles se reuniu com entusiasmo; registrou nos livros da Câmara a ata da revolução, e acompanhou o exército auxiliador, que foi a libertar a capital; estes, e muitos outros serviços o fizeram réu de lesa majestade, perante os tiranos que assassinarão a Liberdade: foi preso por conseguinte, remetido à Alçada, e por esta sepultado nos cárceres da Bahia, onde brevemente faleceu.
“Os Mártires Pernambucanos”, Luso-Pernambucano (Padre Joaquim Dias Martins). Pernambuco: Typ. de F. C. de Lemos e Silva, 1853/1854.
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