Este canal tem caráter educativo e informacional. Ele não substitui sua consulta médica e não pode ser realizado para auto diagnóstico e auto medicação.
O parto cesárea, ou cesariana, é uma cirurgia em que o obstetra realiza um corte na região abdominal, sob anestesia aplicada na coluna vertebral da mulher pelo anestesista, para permitir o nascimento do bebê.
Esse tipo de parto pode ser programado pelo obstetra com antecedência, caso seja o desejo da mulher ou se o parto vaginal apresentar algum risco para a mulher ou o bebê, como nos casos de placenta prévia, mas também pode ser feito em situações emergenciais como ruptura uterina ou prolapso de cordão umbilical ou no intraparto, por exemplo.
De forma geral, a cesariana é feita seguindo os seguintes passos:
1. É aplicada a anestesia na coluna vertebral da grávida, devendo a mulher estar sentada ou deitada para a administração da anestesia;
2. Em seguida, é colocada uma sonda para conter a urina;
3. Após o início do efeito a anestesia, o médico irá realizar um corte de perto da "linha do biquíni", e irá cortar ainda mais 6 camadas de tecidos até chegar ao bebê.
4. Após os cortes, o bebê é retirado assim como a placenta e a membrana amniótica;
5. A parte final da cirurgia é o fechamento do corte. Neste ponto o médico irá costurar todas as camadas de tecido cortada para o parto, o que pode demorar em média 30 minutos.
Quando o bebê é retirado da barriga, o pediatra neonatologista deverá avaliar se o bebê está respirando corretamente e depois a enfermeira já pode colocar o bebê no colo da mãe, com a ajuda do (a) acompanhante, enquanto o médico retira também a placenta.
Indicação absoluta:
As indicações absolutas para realização da cesariana, referem-se a situações em que a cesariana é totalmente recomendada, e incluem:
• Ruptura uterina, pois pode colocar em risco a vida da mulher e do feto, exigindo o parto imediato;
• Infecção da placenta e possivelmente do feto, exigindo o parto imediato;
• Frequência cardíaca não tranquilizadora fora do período expulsivo do trabalho de parto;
• Anormalidades na posição do feto;
• Pelve materna pequena, tornando o parto vaginal impossível. No entanto, esse diagnóstico só é possível após a dilatação completa da mulher;
• Infecção ativa pelo vírus do herpes simples;
• Infecção materna pelo vírus do HIV, sem tratamento com antirretrovirais e/ou carga viral desconhecida ou maior que 1000.
• Prolapso de cordão umbilical sem dilatação completa;
• Placenta prévia total ou acretismo placentário.
Apenas nos casos de placenta prévia e acretismo placentário é necessário agendar a cirurgia, pois o trabalho de parto espontâneo pode representar risco de vida para a mulher e para o bebê. Nas outras situações, a necessidade da operação só poderá ser vista após o início do trabalho de parto.
Indicação relativa:
As indicações relativas para a realização da cesariana, referem-se a situações em que o médico pode indicar ou não a cesárea, e incluem:
• Ter realizado duas ou mais cesarianas anteriormente;
• Diabetes gestacional, nos casos em que o peso estimado do feto na ultrassonografia é maior do que 4,5 Kg;
• Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia;
• Restrição de crescimento do bebê se tiver alteração de doppler;
• Falha do progresso do trabalho de parto normal, encontrando-se estacionado, sendo prolongado e sem dilatação completa.
Tem Possíveis riscos:
A cesárea é considerada um procedimento seguro, no entanto devido ao uso de anestesia e ao fato de ser um procedimento invasivo, há maior risco de complicações, principalmente quando comparada ao parto normal, sendo os principais:
• Desenvolvimento de infecção;
• Hemorragias;
• Trombose;
• Lesão do bebê durante a cirurgia;
• Má cicatrização ou dificuldade na cicatrização, principalmente em mulheres com excesso de peso;
• Formação de queloide;
• Risco aumentado de ruptura uterina para gestações futuras;
• Dificuldade na amamentação;
• Placenta acreta, que é quando a placenta fica presa ao útero após o parto;
• Placenta prévia;
• Endometriose.
Estas complicações são mais frequentes em mulheres que fizeram 2 ou mais cesáreas, pois a repetição do procedimento aumenta as chances de complicações no parto e de problemas de fertilidade.
A cicatrização completa pode levar de 6 meses a 12 meses. Contudo, segundo as orientações dos médicos, o período de resguardo deve ser de 40 dias. Esse é o tempo necessário para que o mínimo de regeneração ocorra antes que a mãe volte a sua rotina.
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